quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Figuras do Movimento Operário Lênin, a Águia das Montanhas
J. Stálin
28 de Janeiro de 1924
Primeira Edição: Discurso pronunciado na solenidade organizada pelos alunos da Escola Militar do Kremlin, a 28 de janeiro de 1924. Fonte: Problemas - Revista Mensal de Cultura Política nº 32 - Jan-Fev de 1951. Transcrição e HTML: Fernando A. S. Araújo, Novembro 2008.Direitos de Reprodução: A cópia ou distribuição deste documento é livre e indefinidamente garantida nos termos da GNU Free Documentation License.CAMARADAS: Comunicaram-me que haveis organizado uma solenidade dedicada à memória de Lênin e que eu era um dos oradores que haviam sido convidados. Acho que não é preciso fazer uma exposição sistematizada das atividades de Lênin. Creio preferível limitar-me a uma serie de fatos que façam ressaltar certas particularidades de Lênin como homem e como político. Talvez não haja relação interna entre estes fatos, mas isto não pode ter uma importância decisiva para quem queira formar uma idéia geral sobre Lênin. Em todo caso, apenas não tenho, neste momento, a possibilidade de dar-vos mais do que acabo de prometer-vos.
A ÁGUIA DAS MONTANHAS
CONHECI Lênin pela primeira vez em 1903. Certamente, este conhecimento não foi pessoal, mas por correspondência. Deixou em mim, porém, uma impressão indelével que não se apagou em todo o tempo em que venho atuando no Partido. Encontrava-mo então na Sibéria, deportado. Ao conhecer a atuação revolucionária de Lênin nos últimos anos do século XIX e, sobretudo, depois de 1901, depois da publicação da Iskra, convenci-me de que tínhamos em Lênin um homem extraordinário. Não era então a meu ver, um simples chefe do Partido; era seu verdadeiro criador, porque só ele compreendia a própria natureza e as necessidades urgentes de nosso Partido. Quando o comparava com os outros chefes do nosso Partido, me parecia sempre que os companheiros de luta de Lênin — Plekhanov, Mártov, Axelrod e outros — estavam cem furos abaixo dele; que Lênin, em comparação com eles, não era simplesmente um dos dirigentes, mas um chefe de tipo superior, uma águia das montanhas, sem medo na luta e conduzindo audazmente o Partido para diante, pelo caminho ainda inexplorado do movimento revolucionário russo. Esta impressão acabou por penetrar tão fundamente em meu espírito, que senti a necessidade de escrever a respeito a um intimo amigo meu, emigrado no estrangeiro, pedindo-lhe sua opinião. Ao cabo de algum tempo, quando já estava deportado na Sibéria — era em fins de 1903 — recebi uma resposta entusiasta de meu amigo, bem como uma carta simples, mas profunda, escrita por Lênin, a quem meu amigo havia mostrado minha própria carta. A missiva de Lênin era relativamente curta, mas continha uma critica audaz e corajosa das atividades práticas de nosso Partido, assim como uma exposição magnificamente clara e concisa de todo o plano de trabalho do Partido para o futuro próximo. Só Lênin sabia escrever sobre as questões mais complexas com tanta simplicidade e clareza, concisão e audácia, que suas frases não pareciam que falavam, mas que disparavam. Esta pequena carta, simples e audaz, convenceu-me mais ainda de que tínhamos em Lênin a águia das montanhas de nosso Partido. Não posso perdoar-me o haver queimado aquela carta de Lênin, assim como muitas outras, seguindo o costume do velho militante na ilegalidade.
Datam daquele momento as minhas relações com Lênin.
A MODÉSTIA
ENCONTREI-ME pela primeira vez com Lênin em dezembro de 1905, na Conferência bolchevique de Tamerfors (Finlândia). Esperava ver a águia de nosso Partido, o grande homem, grande não só do ponto de vista político, mas também, se quiserdes, do ponto de vista físico, porque imaginava Lênin como um gigante de postura imponente e majestosa. Foi muito grande a minha decepção quando vi um homem completamente simples, de estatura menor que a mediana, e que não se diferenciava em nada, absolutamente em nada, dos demais mortais...
É costume que «um grande homem» deve chegar tarde às reuniões, enquanto os assistentes esperam sua aparição com o coração ansioso; que, quando o grande homem vai aparecer, os membros da reunião avisem: Pss..., silêncio, já vem! Parecia-me que este cerimonial não era supérfluo, que se impunha, que inspirava respeito. Foi multo grande a minha decepção quando soube que Lênin havia chegado a reunião antes dos delegados e que, afastado a um canto, prosseguia, sem afetação alguma, a mais banal das conversações com os delegados mais simples da Conferência. Não nega que isto me pareceu então certa violação de algumas normas imprescindíveis.
Só mais tarde compreendi que esta simplicidade e esta modéstia de Lênin, que este desejo de passar desapercebido, ou, em todo caso, de não chamar a atenção, de não salientar sua alta posição, eram traços que constituíam um dos lados mais fortes de Lênin, como novo chefe das novas massas, das massas simples e comuns das camadas mais baixas e profundas da Humanidade.
A FORCA DA LÓGICA
MAGNÍFICOS foram os discursos que Lênin pronunciou nesta Conferência: sobre os problemas do momento e sobre a questão agrária.
Infelizmente, não foram conservados. Foram discursos inspirados, que acenderam clamoroso entusiasmo em toda a Conferência. A extraordinária força de convicção, a simplicidade e a clareza de argumentos, as frases breves e inteligíveis para todos, a falta de afetação, de gestos teatrais e de frases de efeito, ditas para produzir impressão; tudo isso distinguia favoravelmente os discursos de Lênin dos discursos dos oradores «parlamentares» comuns.
Mas não foi este aspecto dos discursos de Lênin o que mais me cativou então, mas a força invencível de sua lógica, que um pouco secamente, mas em troca a fundo, se assenhoreia do auditório eletriza pouco a pouco e depois o cativa, como se diz, sem reservas. Recordo que muitos delegados diziam:
«A lógica nos discursos de Lênin é como tentáculos poderosos que prendem a gente por todos os lados e dos quais não há meio de livrar-se: é preciso render-se ou sofrer um completo fracasso».
Creio que esta particularidade dos discursos de Lênin é o aspecto mais forte de sua arte oratória.
SEM CHORADEIRA
ENCONTREI Lênin pela segunda vez em 1904, em Estocolmo, no Congresso do nosso Partido. Sabe-se que neste Congresso os bolcheviques ficaram em minoria e sofreram uma derrota. Pela primeira vez vi Lênin no papel de derrotado. Não se parecia em nada a esses chefes que, depois de uma derrota, choramingam e perdem o animo. Ao contrário, a derrota fez com que Lênin centuplicasse sua energia. Impulsionando seus partidários para novos combates, para a vitória futura. Falo da derrota de Lênin. Mas, qual era sua derrota? Era preciso ver os adversários de Lênin, os vencedores do Congresso de Estocolmo,Plekhanov, Axelrod, Mártov e os demais: não pareciam, nem de longe, verdadeiros vencedores, porque Lênin, com sua critica implacável do menchevismo, não lhes deixou, como se costuma dizer, nem um osso inteiro. Lembro-me de como nós, delegados bolcheviques, depois de nos termos reunidos num grupo compacto, observávamos Lênin e lhe pedíamos que nos aconselhasse. Nos discursos de alguns delegados se notava o cansaço, o desânimo. Lembro-me de como Lênin, contestando aqueles discursos, murmurou entre dentes e em tom mordaz:
«Não choraminguem, camaradas, venceremos sem dúvida alguma porque temos razão».
O ódio aos intelectuais chorões, a fé nas próprias forças, a fé na vitória, de tudo isto nos falava Lênin então. Percebia-se que a derrota dos bolcheviquesera passageira, que os bolcheviques haviam de vencer num futuro multo próximo.
Não choramingar em caso de derrota». É precisamente este o aspecto particular da atividade de Lênin que permitiu agrupar em torno de si um exército dedicado à causa até o fim e cheio de fé em suas próprias forças.
SEM PRESUNÇÃO
NO CONGRESSO seguinte, em 1907, em Londres, foram os bolcheviques que obtiveram a vitória. Vi então Lênin pela primeira vez no papel de vencedor. Geralmente, a vitória embriaga a certa espécie de chefes, enche-os de vaidade, torna-os presunçosos. Na maioria de tais casos, põem-se a cantar vitória e a descansar sobre os louros. Mas Lênin não se parecia em nada a esta espécie de chefes. Ao contrário, era precisamente após a vitória que mantinha uma vigilância particular e permanecia em guarda. Lembra que Lênin repetia então com insistência aos delegados:
«Primeiro, não deixar-se embriagar pela vitória; nem tão pouco envaidecer-se dela; segundo, consolidar o êxito obtido; terceiro, acabar com o inimigo, porque está somente vencido, mas ainda não aniquilado».
Caçoava mordazmente dos delegados que afirmavam levianamente que «se havia acabado para sempre com os mencheviques ». Não lhe era difícil demonstrar que os mencheviques tinham ainda raízes no movimento operário e que devia-se combate-los com habilidade, evitando sobre-estimar as próprias forcas e, sobretudo, menosprezar as do inimigo.
«Não envaidecer-se com a vitória». É este precisamente o traço particular do camarada Lênin que lhe permitia avaliar com lucidez as forças do inimigo e assegurar o Partido contra qualquer surpresa.
FIDELIDADE AOS PRINCÍPIOS
OS CHEFES de um partido não podem deixar de valorizar a opinião da maioria de seu partido. A maioria é uma força com a qual um chefe não pode deixar de contar. Lênin o compreendia tão bem como qualquer outro dirigente do Partido. Mas Lênin nunca foi prisioneiro da maioria, sobretudo quando essa maioria não se apoiava sobre uma base de princípios. Houve momentos na história de nosso Partido em que a opinião da maioria ou os interesses momentâneos do Partido chocavam-se com os interesses fundamentais do proletariado.
Em tais casos, Lênin, sem vacilar, punha-se ao lado dos princípios contra a maioria do Partido. Mas ainda, não temia em casos semelhantes intervir literalmente só contra todos, julgando, como dizia amiúde, que «uma política de princípios é a única política certa».
Os dois fatos seguintes são particularmente característicos a este respeito:
PRIMEIRO FATO. Era durante o período de 1909 a 1911, quando o Partido, desfeito pela contra-revolução, estava em plena decomposição. Era o período em que ninguém tinha fé no Partido, em que não só os intelectuais, mas em parte os operários, desertavam em massa do Partido; período em que se repelia toda atividade clandestina, período do liquidacionismo e do desmoronamento. Não só os mencheviques, mas também os bolcheviques estavam divididos então numa série de frações e correntes distintas, desligadas em sua maioria do movimento operário. Sabe-se que foi precisamente naquele período que nasceu a idéia de liquidar inteiramente as atividades clandestinas do Partido, de organizar os operários num partido legal, liberal, stolypiniano. Lênin foi então o único que não se deixou ganhar pelo contágio e que manteve no alto a bandeira do Partido, reunindo, com uma paciência assombrosa, com uma tensão sem precedentes, as forças do Partido dispersas e desfeitas, combatendo no interior do movimento operário todas as tendências hostis ao Partido, defendendo o principio do Partido com um valor extraordinário e uma perseverança incrível.
Sabe-se que, mais tarde, Lênin saiu vencedor daquela luta pela manutenção do principio do Partido.
SEGUNDO FATO. Era no período de 1914 a 1917, em plena guerra imperialista, no momento em que todos os partidos social-democratas e socialistas, ou quase todos, levados pelo delírio patriótico geral, se haviam posto a serviço do imperialismo de seus países. Era o período em que a II Internacional inclinava suas bandeiras ante o Capital, em que inclusive homens como Plekhanov, Kautski, Guesde, etc., não resistiram à onda de chauvinismo; Lênin foi então o único homem, ou quase o único, que empreendeu decididamente a luta contra o social-chauvinismo e o social-pacifismo, pôs a nu a traição dosGuesde e dos Kautski e estigmatizou a indecisão dos «revolucionários» que nadavam entre duas águas. Lênin compreendia que era seguido por uma insignificante minoria, mas para ele aquilo não tinha uma importância decisiva, porque sabia que a única política certa, voltada para o futuro, era a do internacionalismo conseqüente; porque sabia que a política de princípios era a única política acertada.
Sabe-se que naquela luta por uma nova Internacional, Lênin também saiu vencedor.
«Uma política de princípios é a única política certa». Tal era precisamente a fórmula com a ajuda da qual Lênin tomava de assalto as novas posições «inexpugnáveis», ganhando para o marxismo revolucionário os melhores elementos do proletariado.
A FÉ NAS MASSAS
OS TEÓRICOS e os chefes de partidos que conhecem a história dos povos e que estudaram detalhadamente, do principio ao fim, a das revoluções, as vezes padecem de uma enfermidade indecorosa. Esta enfermidade é o temor às massas, a falta de fé no poder criador das massas, o que, as vezes, origina nos chefes certo aristocratismo em relação as massas pouco iniciadas na história das revoluções, mas destinadas a destruir o velho e construir o novo. O temor de que os elementos se desencadeiem, de que as massas «possam demolir demais», o desejo de representar o papel de amos, esforçando-se em instruir as massas por meio de livros, mas sem o desejo de instruir-se junto a estas massas, este é o futuro de tal aristocratismo.
Lênin era completamente e oposto de semelhantes chefes. Não conheço nenhum revolucionário que tenha tido uma fé tão profunda como Lênin nas forças criadoras do proletariado e no acerto revolucionário de seu instinto de classe; não conheço nenhum revolucionário que tenha sabido como Lênin, flagelar tão implacavelmente os críticos ultra-pedantes, dos «caos da revolução» e da «bacanal dos atos espontâneos das massas». Lembro como, durante uma conversação, Lênin replicou sarcasticamente a um camarada que havia dito que «depois da revolução devia estabelecer-se uma ordem normal»:
«É uma desgraça que os que desejam ser revolucionários esqueçam que a ordem mais normal na história é a da revolução».
Dai seu desprezo para com todos os que se comportavam de uma maneira altiva com as massas e tentavam instruí-las por meio de livros. É por isto queLênin repetia incansavelmente que era preciso aprender com as massas, compreender o sentido de suas ações, estudar atentamente a experiência prática de sua luta.
A fé nas forças criadoras das massas: tal é o aspecto particular da atividade de Lênin que lhe dava a possibilidade de compreender a significação do movimento espontâneo das massas e de orientá-lo pelo leito da revolução proletária.
O GÊNIO DA REVOLUÇÃO
Lênin havia nascido para a revolução. Foi realmente o gênio das explosões revolucionárias e o grande mestre da arte de dirigir as revoluções. Nunca se sentia tão a gosto, tão feliz como na época das comoções revolucionárias. Mas isto não quer dizer, de modo algum, que Lênin aprovava na mesma medida toda comoção revolucionária, nem tão pouco que se pronunciava sempre em qualquer circunstância a favor das explosões revolucionárias. De maneira alguma.
Quer dizer somente que nunca a perspicácia genial de Lênin se manifestava com tanta plenitude, com tanta precisão, como nos momentos de explosões revolucionárias. Nos dias de viragens revolucionárias florescia literalmente, adquiria o dom da dupla visão, adivinhava com antecipação o movimento das classes e os ziguezagues prováveis da revolução como se os lesse na palma da mão. Com razão se dizia no Partido: «Ilitch sabe nadar nas ondas da revolução como o peixe na água».
Daí a clareza «assombrosa» das palavras de ordem táticas de Lênin e a audácia «vertiginosa» de seus planos revolucionários.
Dois fatos particularmente característicos e que destacam aquela peculiaridade de Lênin me vêm agora á memória.
PRIMEIRO FATO. Era a véspera da Revolução de Outubro, quando milhões de operários, camponeses e soldados, impulsionados pela crise na retaguarda e na frente, exigiam a paz e a liberdade; quando os generais da burguesia preparavam a instauração de uma ditadura militar, com o objetivo de levar a guerra «até o fim»; quando toda a pretensa «opinião pública» e todos os pretensos «partidos socialistas» eram hostis aos bolcheviques e os qualificavam de «espiões: alemães»; quando Kerenski tentava afundar o Partido dos bolcheviques na ilegalidade e o havia conseguido em parte; quando os exércitos, ainda poderosos e disciplinados, da coalizão austro-alemã se erguiam ante os nossos exércitos cansados e em estado de decomposição, e os «socialistas» da Europa ocidental continuavam mantendo tranqüilamente o bloco com seus governos, com o objetivo de prosseguir «a guerra até à vitória completa»...
O que significava desencadear uma insurreição naquele momento?
Desencadear uma insurreição em tais condições era arriscar tudo. Mas Lênin não temia arriscá-lo, porque sabia e via com seu olhar clarividente que a insurreição era inevitável, que a insurreição venceria, que a insurreição na Rússia prepararia o fim da guerra imperialista, que a insurreição na Rússia poria de pé as massas esgotadas do Ocidente, que a insurreição na Rússia transformaria a guerra imperialista em guerra civil, que desta insurreição nasceria a República dos Soviets, que a República dos Soviets serviria de baluarte ao movimento revolucionário no mundo inteiro.
Sabe-se que aquela previsão revolucionária de Lênin foi depois cumprida com uma precisão sem par.
SEGUNDO FATO. Era nos primeiros dias que se seguiram à Revolução de Outubro, quando o Conselho de Comissários do Povo tentava obrigar o general rebelde Dukonin, generalíssimo dos exércitos russos, a suspender as hostilidades e a entabular negociações com os alemães visando um armistício. Recordo como Lênin, Krylenko (o futuro chefe supremo) e eu fomos ao Estado Maior Central de Petrogrado para nos pormos em contacto com Dukonin pelo cabo direto. Era um momento angustioso. Dukonin e o Grande Quartel General se haviam negado categoricamente a cumprir a ordem do Conselho de Comissários do Povo. Os quadros de comando do exército se encontravam inteiramente em mãos do Grande Quartel General. Quanto aos soldados ignorava-se o que diria aquele exército de 12 milhões de homens, submetido às chamadas organizações do exército, que eram hostis ao Poder dos Soviets. Em Petrogrado mesmo, como se sabe, se incubava então a insurreição dos alunos das escolas de guerra. Além disso, Kerenski avançava no trem de guerra sobre Petrogrado. Recordo que, depois de um momento de silencio junto ao aparelho, o rosto de Lênin se iluminou de não sei que lua extraordinária. Via-se que Lênin já havia tomado uma decisão:
«Vamos à estação de rádio, disse Lênin, ela nos prestará um bom serviço; destituiremos, por ordem especial, o general Dukonin; em seu lugar nomearemos o camarada Krylenko chefe supremo e nos dirigiremos aos soldados por cima das cabeças do comando, exortando-os a isolar os generais, cessar as hostilidades, entrar em contacto com os soldados austro-alemães e tomar a causa da paz em suas próprias mãos».
Era um «salto no desconhecido». Mas Lênin não tinha medo daquele «salto»; ao contrário, antecipava-se a ele, porque sabia que o exército queria a paz e que a conquistaria varrendo todos os obstáculos postos em seu caminho, porque sabia que aquele meio de estabelecer a paz teria repercussão sobre os soldados austro-alemães e reavivaria o desejo de paz em todas as frentes sem exceção.
É sabido que, também aquela previsão revolucionária de Lênin foi cumprida mais tarde da maneira mais exata.
Uma perspicácia genial, uma faculdade de compreensão, de adivinhar tais eram precisamente as qualidades próprias de Lênin que lhe permitiam elaborar uma estratégia certa e uma linha de conduta clara nas viragens do movimento revolucionário.

«A vanguarda proletária está conquistada ideologicamente. Isto é o principal. Sem isso é impossível dar nem sequer o primeiro passo para a vitória. Mas dai à vitória ainda dista bastante. Apenas com a vanguarda, é impossível triunfar. Lançar somente a vanguarda à batalha decisiva, quando toda a classe, quando as grandes massas não adotaram ainda uma posição de apoio direto a esta vanguarda, ou ao menos de neutralidade benevolente em relação a ela, que a incapacitem por completo para defender o adversário, seria não somente uma estupidez mas ainda um crime. E para que na realidade toda a classe operária, as grandes massas dos trabalhadores e dos oprimidos pelo capital cheguem a ocupar semelhante posição, são insuficientes a propaganda e a agitação somente. Para isso é necessária a própria experiência política dessas massas.»V. I. Lênin

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

O discurso do anticomunismo
Grover Furr, professor de História e Literatura Inglesa na Universidade de Montclair New Jersey (EUA). Publicado em The Red Critique, número 11. "Como marinheiros do medievo cujos mapas eram mais imaginários que baseados em fatos verdadeiros, fomos enganados pela história canônica da URSS, que são na sua maioria falsas. O processo de encontrar a verdade da primeira experiência socialista do mundo apenas começou. Acho que isto tem uma importância imensa para a história do movimento comunista, para o futuro do projeto marxista, e para o futuro da sociedade humana. "Com estas palavras termina este interessante artigo do historiador norte-americano Grover Furr.Ainda que a guerra fria rematara oficialmente, o anticomunismo está muito vivo e presente em todos os tipos de discursos-críticos, históricos e políticos-, gozando de uma grande influência tanto no mundo acadêmico como na sociedade em geral. Durante cerca de três décadas ou mais, o comunismo funcionou como o grande inominábel na pós-estruturalista "guerra contra a totalidade". Os ataques contra o "logocentrismo" do "racionalismo ocidental" apontaron normalmente contra o legado burguês do Iluminismo, mas, de analisar a linguagem destes ataques, Marx vai aparecer no ponto de mira tanto ou mais que Locke e Rousseau. Apresentado como a crítica ao "reducionismo de classe" no nome de um modelo "intergrupal" de gênero, raça e classe, e da relação do discurso com a ideologia, essa antipatia para com o marxismo penetrou com força no substrato cultural, exercendo uma postura e permanente influência inclusive (ou sobretudo) nos acadêmicos que presumem de estarem "além da teoria" e de ter regressado ao particular. E apesar de que o impacto deste antimarxismo esteja limitado em grande parte do mundo acadêmico que se expressa em uma linguagem extremamente teórica, este espalha-se por toda a sociedade através do jornalismo e das declarações de intelectuais públicos e de estudiosos e proferores, para confluir com os conceitos da guerra fria do autoritarismo vermelho, conceitos que nunca saíram do cenário. Levo vários anos investigando a história da Terceira Internacional e, particularmente-se com a ajuda de acadêmicos russos afincados na antiga URSS-, investiguei o publicado nos arquivos da era soviética anteriormente secretos. Encontrei, com toda clareza, que uma grande quantidade de mentiras fizeram parte-e ainda o fazem-os relatos da história comunista e políticas que gozam de um status praticamente incontestável nos Estados Unidos e em todo o mundo ocidental, tanto entre os acadêmicos quanto entre o público em geral. É dizer, o que descobrín é que o local e particular ou-utilizando uma palavra em desuso ainda que indispensável-os "fatos" não só podem ser fetichizados e descontextualizados, mas está simplesmente inventados. E esta falsificação (ou falando com mais clareza, esta mentira) pode passar praticamente inadvertida enquanto quase com os conceitos incuestionados mas amplamente populares verbo do reducionismo e do autoritarismo de esquerda. No nosso atual ambiente acadêmico, a atração posestruturalista para a dissociação fragmentária ea antipatia para a totalidade aparecem ligadas ao discurso herdado do anticomunismo. E a atual tendência historicista a ver os "fatos" como funções de "discursos"-e, conseqüentemente, não susceptíveis de serem submetidos a julgamentos de verdade ou falsidade-fazem ainda mais complicada a tarefa de recuperação e de reconstrução históricas. Porém, cada vez mais pessoas estamos comprometidas nesta tarefa. Gostaria destacar brevemente algumas das minhas conclusões, que revelam a indiferença eo desprezo para com os fatos que caracterizam a maioria dos acadêmicos-na verdade, pseudo-académicos-anticomunistas que tratam do assunto da antiga União Soviética. Em uma recente a louvado biografia de Stalin, o académico Robert Service escreve que o marechal Mikhail Tujachevsy, detido em Maio de 1937 sob a acusação de colaborar com o exército alemão e japonês para dar um golpe de esatdo na URSS, confestou apenas dois dias após a sua detenção. "Tujachevsky foi executado em 11 de junho, havia assinado uma confissão com uma mão manchada de sangue depois de uma terrorífico paliza". Esta declaração não é falsa, mas que constitui uma mentira deliberada. Não existe nenhuma "impressão digital ensanguentada" em papel com a confissão do Marechal, e tampouco nenhuma prova de que Tujachevsky tinha sido espancado e ameaçado. Mas, quantos de seus leitores têm a possibilidade de conhecer isso? (2) A falta de qualquer tentativa séria de objectividade no estudo e análise de fontes e provas verbo da história do movimento comunista no século XX é o foco da minha investigação eo tema do meu ensaio. Quiseram introduzir brevemente alguns aspectos sobre os quais trabalhei. 1. O discurso de Kruschov: uma mentira A 26 de fevreiro de 1956, no XX Congresso do Partido Comunista da União Soviética, realizada em Moscou, Nikita Kruschov pronunciou seu famoso discurso "Sobre o culto à personalidade e as suas consequências". No referido às suas conseqüências, com certeza foi o discurso mais importante do século XX e, talvez, de todos os tempos. Foi um golpe fatal para o movimento comunista internacional, do qual ainda não se recuperou. Os acadêmicos, jornalistas, cientistas, políticos e historiadores ainda falam das "revelações" de Kruschov, a "exposição", etc. dos "crimes" de Stalin, neste discurso. Mas, quantos sabem que todas e cada uma das supostas "revelações" pronunciadas por Kruschov em seu discurso eram falsas? Não "algumas" ou "a maioria", mas todas e cada uma delas. Passei boa parte dos últimos anos documentando esse fato.Essas mesmas "revelações" de Kruschov são a base sobre a qual se edificou a subsequente teoria marxista e comunista, assim como a propaganda anticomunista. E-tenho que repetir o-todas elas são falsas. Ninguém pode duvidar do ódio que Kruschov e companhia sentia certamente por Stalin. Mas não podia fazer nenhuma crítica sincera a Stalin, isto é, qualquer que ousar declarar a viva voz. Por isso, por trás do "Discurso Secreto" conhecido há outro "discurso secreto" que nunca foi pronunciado, e que constitui o verdadeiro motivo do ataque contra Stalin. Para uma descrição dos verdadeiros motivos pelos quais Kruschov e companhia odiaban a Stalin, remete ao meu artigo publicado em duas partes de "Cultural Logic" em 2005, intitulado "Stalin ea luta pelas reformas democráticas". Também completei uma monografia muito mais ampla em que examina as supostas "revelações" de Kruschov apresentadas no seu famoso discurso-mais de 50 - e em que documento, com provas provenientes dos arquivos soviéticos antes secretos, que praticamente todas e cada uma destas revelações são falsas. Que implicações tem isso para a nossa compreensão da história do movimento comunista, do socialismo "real" e da teoria marxista? Pois que todos eles devem ser estudados novamente, repensados de princípio a fim. Um dos melhores investigadores norte-americanos do período de Stalin na União Soviética, J. Arch Getty, qualificou a pesquisa histórica realizada durante o período da guerra fria como "produtos de propaganda"-a "investigação" não pode limitar-se a criticar ou tentar corrigir as suas partes individuais, mas que deve ser reconstruída a partir do começo. Concordo com Getty, ainda que engadiria que essa "pesquisa" tendenciosas, politicamente sestada e desonesta, ainda se está produciondo hoje e, por desgraça, é a dominante. 2. Objectividade: o caso dos Julgamentos de Moscou Em 1936, 1937 e 1938 celebraram-se os famosos Julgamentos de Moscou. Entre os acusados havia importantes bolcheviques e colaboradores de Lenin. Os cargos contra eles incluíam crimes como assassinato, sabotagem econômica, planos de um golpe de Estado, o assassinato de Stalin e de outros dirigentes comunistas, e conspiração com os exércitos alemão e japonês. Naquela data, a opinião sobre os Julgamentos estava muito dividida. Mas desde Kruschov foi amplamente assumido-esta é a palavra correcta-que os acusados eram inocentes, e que as suas confissões foram forçadas de algum modo. Durante os últimos anos da URSS, o governo de Gorbachev eo Partido Comunista declararam praticamente todos esses acusados como "reabilitados"-o que significa que passavam a ser inocentes. Porém, não se colocou nenhuma prova da sua inocência. Os membros das comissões de "reabilitação"-cujos materiais foram publicados nos últimos 15 anos estiveram muito preocupados por este assunto. Esforcei-me, nos últimos anos, por reunir e estudar todo o material dos arquivos soviéticos anteriormente secretos que foi publicado e que se refere a estes Julgamentos. Publicou-se apenas uma pequena parte do que sabemos que continua a existir. De toda maneira, os arquivos conhecidos permitem-ou melhor, exigem-o total replantexamento da história soviéitca. Leon Trotsky foi um conspirador processado in absentia em cada um dos três Julgamentos de Moscou. Muitos dos acusados afirmaram que Trotsky colaboraba com os fascistas alemães e japoneses. Esta era uma acusação que muitos encontraram então dificilmente críbel, e que Trotsky rejeitou com indignação. Muitos consideram essas acusações-se contra os acusados nos julgamentos de Moscou e contra Trotsky-tão vergonzosas que as mesmas quase nunca se levam a sério atualmente. E mais, ninguém-pelo que sei eu molestou-se em buscar os documentos dos antigos arquivos soviéticos e ver o que neles há. Eu sim que o fiz e, portanto, quis apontar algumas coisas sobre estes. O que domina a discussão sobre a culpa ou a inocência dos acusados nos julgamentos de Moscou é a absoluta inexistência de objetividade, e até mesmo do mais mínima intenção de ser objetivo. A argumentação baseada no insulto, a invenção ea rejeição irado, ou simplesmente a assunção de que deve provar-se, caracteriza esta discussão a todos os níveis. O anterior é um grande problema e um perigo grave para aqueles de nós sediado na tradição marxista. Pensando dessa forma elimina qualquer possibilidade de que uma pessoa seja capaz de descobrir a verdade. Marx e Engels escreveu que o proletariado não tem nada a perder, exceto as suas cadeias ". Interpreta que isso significa que os que estamos do lado da classe operária não deve temer buscar a verdade e aprender dela, independentemente de quanto possa golpear esta verdade as nossas "preciosas" ideias preconcebidas. Marx também escreveu que deveríamos "duvidar de tudo". Se isso não significa "questionar as nossas próprias ideias preconcebidas", então não significa nada. Uma parte essencial da objetividade consiste em reunir todas as provas, estuda-las cuidadosamente, e depois verificar se hipótese é apoiada pela preponderância das provas. Se novas evidências vêm à luz, teremos que preparar-nos para trocar as nossas conclusões, se for necessário, a fim de levar em conta essas evidências. A questão da suposta colaboração de Trotsky com os alemães e japoneses é tão boa como qualquer outra consideração e, portanto, quiser falar um pouco da mesma. Não é o objetivo declarar a idéia como "absurda" a partir de um princípio. Isso não difere da declare-a como "certa" desde o princípio. O que devemos fazer é considerar as provas. Nenhuma pessoa objetiva rexeitaria as transcrições dos Julgamentos. As confissões dos supostos conspiradores são provas que têm de ser refutada ou corroborada pela análise ou por testes adicionais. Pode estar além da capacidade da maioria dos estudiosos e pesquisadores aproximar-se a esta questão de maneira séria. Mas não estava além da capacidade de Trotsky fazer o bem. Trotsky foi capaz de conspirar ou não com os alemães e os japoneses. Mas Trotsky era um homem muito inteligente. Trotsky não qualificou as acusações contra ele como "absurdas", "loucas", etc. Sabia que, se fazia isso, muitas pessoas objectivo não só não acreditarian nele, mas perderia o respeito para ele, perguntando-se porque não se estava tomando Villa sério. Por isso impulsionou a "Comissão Dewey", testificou que ele mesmo, pediu a seus seguidores que testificaran, obteve testemunhos do estrangeiro, etc. É dizer, as transcrições, provas e depoimentos, tanto da Comissão Dewey como dos Julgamentos de Moscou, devem ser tidos em conta e estudados na sua totalidade. E até o fim da União Soviética estiveram bem as coisas, sem que houvesse a mão testes adicionais. Krushev, os "kruschevistas" como Roy Medvedev, Gorbachov e os "reabilitadores" nunca forneceram prova alguma verbo da questão de Trotsky e os alemães / japoneses. Mas agora, desde o fim da URSS, contamos com mais provas dos antigos arquivos soviéticos. Não tanto como quisessem. Os historiadores nunca estão satisfeitos e sempre querem mais e mais provas! Porém, não podemos dizer que temos poucas provas, e todas elas apóiam a acusação de que Trotsky, de fato, conspirou com os alemães e os japoneses. Durante o ano passado investiguei e bocexei um artigo em que tentei reunir todas essas provas. Não está ainda pronta para a sua publicação. Mas já posso dizer duas coisas, não que não há nada secreto neste assunto: - Uma ampla quantidade de Novas provas apontam para que Trotsky colaborou, de fato, com os alemães e os japoneses. - Não existe nenhuma "pistola fumegante". Neste assunto há que ter em conta as provas circunstanciais que atualmente podemos aceder os pesquisadores. Se num futuro aparecem novas provas, então um especialista objetivo estará pronto para trocar as suas conclusões, e até poderá mudar as suas conclusões totalmente. Se este fosse um assunto do qual ninguém se preocupar ou não exisitran idéias preconcebidas sobre ele-algo que puder ser examinado com, digamos, a mesma distância que os júri supostamente têm, e muitas vezes de fato, respeito a um caso sobre o qual estejam obrigados a decidir, simplesmente não existiria nenhuma controvérsia. Trotsky seria considerado "culpado", pois as provas vão "além da dúvida razoável". Não para além de qualquer dúvida concebíbel, desde logo, não é algo "seguro"-mas, quantas questões na história são "seguras"? De todo o modo, as provas que temos contra Trotsky excede enormemente qualquer prova da sua inocência, e certamente superam em muito as suas próprias negação. Enquanto realizava esta investigação, tive que mudar as minhas próprias idéias. Duvidei-isto é, com uma mente aberta-sobre todo este assunto. O que me impedia dizer: "Stalin, ou Ezhov, tendo uma armadilha para Trotsky"? Nada! Assim que também estava preparado para encontrar-me com isso. Mas, ao contrário, encontrei justamente o contrário, o mesmo que encontraria qualquer estudioso objetivo que analisará as provas que temos agora. (3) Por certo, fiz outro tanto com Bujarin. É um dogma do anticomunismo, seja liberal, conservador, russo, ocidental, etc. Que Nikolai Bujarin, que confessou e foi condenado nos Julgamentos de Moscou de 1938, era "inocente". Rubashov, o herói de "Zero eo Infinito" de Arthur Koestler, que confessou que tinha abandonado a "lealdade ao partido", estava baseado em Bujarin. Porém, a enorme quantidade de provas que agora temos aponta para que Bujarin foi culpado exatamente do que ele próprio confessou, tanto antes como durante o seu julgamento. Dizer isso é simplesmente tabu. Mas as coisas são assim. Tudo isso-as evidências e um estudo objetivo das mesmas-vão mudar o ponto de vista de alguém? Duas coisas: - "A mudança do ponto de vista" que me interessa. O trabalho do pesquisador e cientista. Reunir provas, estudo-as com detimento; extrair as conclusões. Ser objetivo. Atender às provas ea lógica, e "deixa que a maçã caia onde tem de cair". "Diz a verdade e corre!" (Título da autobiografia do grande jornalista George Seldes). - Muitas pessoas são capazes de ser objetivo. Muitas vezes falo com muita gente jovem que vê os horrores do capitalismo. Eles querem mudar o mundo-e muito bem por eles! Compreendem que a herança do movimento comunista tem de ser estudada, mas estudada criticamente. Eles querem ser objetivos porque vêem-com maior clareza que muitos da minha geração-que a objectividade, a verdade, é o único caminho à frente para a classe operária. Concordo com isso. Mas há pessoas que simplesmente não são capazes de questionar-se os seus próprios prejuízos tanto tempo arraigados. A gente que defende uma determinada causa-o Trotskismo, o anticomunismo, o capitalismo, o anarquismo, a social-considera muitas vezes que essa causa tem mais importância que a objetividade. E não vão mudar de opinião simplesmente porque a evidência diga que deveriam fazer. Essas pessoas não me interessam. Como marinheiros do medievo cujos mapas eram mais imaginários que baseados em fatos verdadeiros, fomos enganados pela história canônica da URSS, que são na sua maioria falsas. O processo de encontrar a verdade da primeira experiência socialista do mundo apenas começou. Acho que isto tem uma importância imensa para a história do movimento comunista, para o futuro do projeto marxista, e para o futuro da sociedade humana. Notas: 1. Recomendo ao leitor interessado a lista dos trabalhos de investigação sobre a União Soviética durante a era de Stalin adicionada a este ensaio. 2. Segundo uma comissão da era Krushev, os sinais sobre um papel com as confissões de Tukhachevsky são de sangue. Ainda que isso fosse verdade, e mesmo se fosse o sangue de Tukhachevsky-o que não está demonstrado-uma vista de olhos às mesas mostra que não são "pegadas digitais". Não existe nenhuma prova de que Tukhachevsky fosse "atingido" nem de que recebera abusos físicos de qualquer tipo. As manchas podem ser vistas em http://images.izvestia.ru/lenta/35492.jpg 3. Estou preparando os estudos de provas nos casos de Trotsky e de Nikolai Bujarin e, com um colega russo, uma edição da confissão-antes inédita e agora já disponível-de Bukharin do dia 2 de junho de 1937. Bibliografia: Chase, William. Enemies Within the Gates? O Comintern stalinista and Repression, 1934-1939. New Haven and London: Yale University Press, 2001. Em http://www.yale.edu/annals/Chase/intro.htm Coplon, Jeff. "Rewriting History: How Ukrainian Nationalists Imposed Their Doctored History on our High-School Students." Capital Region Magazine (Albany, NY), março 1988. Em http://chss.montclair.edu/english/furr/essays/coplonrewriting88.pdf Coplon, Jeff. "In Search of a Soviet Holocaust: A 55-Year-Old Famine Feeds the Right." Village Voice, 12 de janeiro de 1988. 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Stalin E A LUTA PELA REFORMA DEMOCRÁTICA Grover Furr

PARTE PRIMEIRA Introdução 1. Este artigo ressalta as tentativas de Stalin, desde os anos 30 até à sua morte, por democratizar o governo da União Soviética. 2. Esta afirmação, eo artigo, surprenderá a muitos, e escandalizará a alguns. De fato, foi a minha surpresa diante dos resultados desta investigação o que me levou a escrever este artigo. Suspeitei durante muito tempo que a versão tipo "guerra fria" da história soviética tinha importantes lacunas. Porém, não estava preparado para a magnitude das falsedades de que tive conhecimento. 3. Essa história é bem conhecida pelos russos, onde o respeito e até mesmo a admiração por Stalin é comum. Yuri Zhukov, o principal historiador russo que avançou o paradigma de "Stalin democrata", e cujos trabalhos são a principal fonte individual, embora não a única, deste artigo, é uma figura reconhecida, relacionada com a Academia de Ciências. Os seus trabalhos são amplamente conhecidos. 4. Porém, neste grupo, assim como os fatos nos quais se assenta, é praticamente desconhecida fora da Rússia, onde o paradigma da Guerra Fria "Stalin, malvado" domina tanto o publicado que os trabalhos aqui citados são escassamente nomeados. Por isso, muitas das fontes utilizadas no artigo só são acesíbeis em russo. (1) 5. Este artigo não só informa os leitores de novos fatos e das suas interpretações sobre a história da URSS. Constitui uma tentativa de aproximar os leitores não-russos o resultado de novas pesquisas, baseadas nos arquivos soviéticos, sobre o período de Stalin e sobre o próprio Stalin. Os fatos discutidos neste artigo são compatíveis com determinado intervalo de paradigmas históricos soviéticos, na medida em que ajudam a desbotar um determinado número de interpretações.Serão inaceitábeis por completo (inclusive escandalosos) para aqueles cujas perspectivas políticas e históricas se baseia numa noções erradas, baseadas na Guerra Fria, sobre o "totalitarismo" soviético eo "terror" seguida. (2) 6. A interpretação khrucheviana de Stalin como um ser sedento de poder, traidor ao legado de Lenin, foi uma criação necessária para os interesses da nomenclatura do Partido Comunista nos anos 50. Mas mostra muitas semelhanças e compartilha muitas premissas com o discurso canónico sobre Stalin herdado da Guerra Fria, que esteve ao serviço do desejo das elites capitalistas de apresentar as lutas pelo comunismo, ou qualquer luta da classe operária pelo poder, como um caminho que dirige necessariamente a algum tipo de horror. 7. Ajusta-se também à necessidade do Trotskismo de argumentar que a derrota de Trotsky, o "revolucionário autêntico", teve de ser obra de um ditador que, dá-se por facto, violou a cada um dos princípios pelos quais lutou pela Revolução. Khruchevistas, anticomunistas da Guerra Fria, e os paradigmas trotskistas sobre a história soviética são cópias na sua dependência de uma demonización de Stalin, de sua liderança e da URSS durante o seu mandato. 8. A visão sobre Stalin apresentada neste ensaio é compatível com outros paradigmas históricos contraditórios. As interpretações comunistas anti-revisionistas e pós-modo geral da história soviética contemplam a Stalin como um herdeiro lógico e criativo do legado de Lenin, se bem fracassado em certos aspectos.Igualmente muitos nacionalistas russos, que dificilmente aprobarian os sucessos de Stalin, enquanto comunista, respeito à sua figura como responsável por fazer da Rússia uma potência industrial e militar. Stalin é para todos eles uma figura essencial, se bem que em diferentes ópticas. 9. Este trabalho não tenta "reabilitar" a Estaline. Aceito Yri Zhukov que escreve: "Tenho que dizer, sinceramente, que me oponha à reabilitação de Stalin, porque me oponha às reabilitação em geral. Nada nem niguén deve ser reabilitado, mas ainda temos de descobrir a verdade, e dá-la a conhecer. Porém, desde os tempos de Khruchev as únicas vítimas das repressões de Stalin de que ouvimos falar são aquelas que tomaram parte nelas, ou que facilitaram, e que não se opuseram a elas ". Também não quero afirmar que, no caso de que Stalin havia conseguido todas as metas, fossem resolvidos os muitos e variados problemas da construção do socialismo e do comunismo. 10. Durante o período analisado neste ensaio, a liderança de Stalin, preocupou-se não só de potenciar a democracia no governo do Estado, mas sim de favorecer também a democracia interna no partido. Este ponto, importante e relacionado, requer um estudo em separado, e não é o ponto central deste trabalho. Apesar de ser conhecido o conceito de "democracia", este tem um significado diferente no contexto de um partido guiado pelo centralismo democrático, formado por membros voluntários, que no contexto de um grande estado de cidadãos que não podem se dar por supostas bases de consenso político. (3) 11. Este artigo baseou-se em fontes de primeira mão, sempre que foi possível. Ainda que descansa com maior solidez nos trabalhos acadêmicos de historiadores russos que têm acesso a documentos não publicados, ou de muito recente publicação, dos arquivos soviéticos. Muitos documentos soviéticos de grande importância só estão à disposição de acadêmicos com acesso privilegiado. Muitos outros permanecem completemante seqüestrados e "classificados", incluindo muitos do arquivo pessoal de Stalin, os materiais pré-judiciais de investigação dos processos de Moscovo de 1936-1938, os materiais de investigação sobre o caso Tukhachevski de 1937 e muitos outros. 12. Yuri Zhukov descreve a situação dos arquivos da seguinte forma: "Com o início da Perestroika, sendo um de seus lemas glasnost ..., o arquivo do Kremlin, antes fechado aos pesquisadores, liquidou-se. Os seus conteúdos começaram a mover-se (a vários arquivos públicos GF). Este processo encetou, mas não finalizou. Sem anúncio ou explicação, em 1996, os materiais mais importantes e essenciais foram reclasificados novamente, escondidos no arquivo do Presidente da Federação Russa. Pronto foram evidentes as razões desta operação: permitir o ressurgimento de um dos velhos e lamentáveis mitos. " Zhukov está a falar dos mitos "Stalin, o malvado" e "Stlain o grande líder". Só o primeiro desses mitos é familiar aos leitores da historiografia ocidental e anticomunista. Mas as duas escolas estão bem representadas tanto na Rússia como na Comunidade de Estados Independentes. 13. Uma das obras de Zhukov, fonte de muito do conteúdo deste artigo, intitula-se Inoy Stalin - Um Stalin diferente, "diferente" dos mitos, mais perto da verdade, baseada nos recentemente desclassificados documentos de arquivo. A sua cobertura representa uma fotografia de Stalin e, perante ela, a mesma fotografia em negativo: o seu oposto. Em poucas ocasiões utiliza Zhukov fontes de segunda mão. Maiormente cita documentos de arquivo não publicados, ou recentemente desclassificados e publicados. A sua descrição da política do Politburo de 1934 a 1938 é muito diferente de tudo o que tenha a ver com os mitos que rejeita. 14. Zhukov termina a sua introdução com estas palavras: "Não presuma de ter terminado a tarefa. Tento apenas evitar pontos de vista preconcebidos, evitar os dois mitos, tentar reconstruir o passado, mais uma vez muito conhecido, mas agora esquecido intencionalmente, deliberadamente não nomeado, ignorado por todos". Seguindo a Zhukov, este artigo também tenta manter-se à margem dos dois mitos. 15. Sob essas condições qualquer conclusão tem que ter o caráter de tentativa. Esforcei-me por usar sensatamente todos os materiais, já foram de primeria e segunda mão. A fim de não interromper o texto coloquei as fontes referenciais no término de cada parte. 16. A pesquisa que este artigo resume tem importantes conseqüências para aqueles de nós que queremos levar adiante uma análise de classe da história, incluindo a história da União Soviética. 17. Um dos melhores investigadores do período de Stalin na União Soviética, J. Arch Getty, chamou a pesquisa histórica realizada durante o período da Guerra Fria como um "produto propagandísitico", "pesquisa" que não merece nem crítica nem emenda, mas ainda tem que ser feita novamente desde o começo. (4) encontrou Gretty, ainda que engadiria que esta investigação tendenciosas, "política" e desonesta continua hoje em dia. 18. O paradigma Guerra Fria-Khruchevista foi o ponto de vista dominante da história dos "anos de Stalin". A presente investigação pode dar luz sobre a matéria, "um princípio a partir do mesmo princípio". A verdade que surge terá também um grande significado para o projeto marxista de compreender o mundo para troca-lo, da construção de uma sociedade sem classes, uma sociedade com justiça econômica e social. 19. Na seção final do ensaio subliñei algumas áreas para uma posterior investigação apontadas pelos resultados deste artigo. Uma nova Constituição 20. Em dezembro de 1930, o VIII º Congresso Extraordinário dos sovietes aprovou o rascunho da nova constituição soviética. Convocou uma votação secreta e umas eleições abertas. (Zhukov, Inoy 307-9) 21. Admitiram-se candidatos não só do partido bolchevique-chamado então Partido Comunista da União (bolchevique) (5) - mas também de outros grupos de cidadãos com base na área de residência, filiação (como grupos religiosos), ou organizações dos centros de trabalho. Isso nunca se levou à prática. Nunca houve eleições abertas. 22. Os aspectos democráticos da Constituição foram incluídos ante a expressa insistência de Stalin. Junto aos seus mais próximos colaboradores do Politburo do Partido bolchevique, Estaline lutou para manter este projeto (Getty, "State"). Ele, e eles cederam apenas quando se enfrentaram a rejeição total do Comitê Central do Partido, e diante do pânico que criou a descoberta de sérias conspirações para derrubar o governo soviético com a colaboração do fascismo alemão e japonês. 23. Em janeiro de 1935, o Politburo atribuiu o trabalho de desenhar os conteúdos de uma nova constituição a avelã Ynukidze (6) que, meses mais tarde, voltou com a idéia de eleições abertas. Quase imediatamente, em 25 de janeiro de 1935, Stalin expressou seu desacordo com a proposta de Yenukidze, insistindo nas eleições secretas. (Zhukov, Inoy 116-21) 24. Stalin fez público este desacordo de uma maneira muito notório em março de 1936, durante uma entrevista com o magnata da imprensa americana Roy Howard. Stalin declarou que todas as votações seriam secretos. A votação teria uma base de igualdade, tendo o mesmo valor do voto de um camponês que o voto de um operário (7), uma base territorial, como no Ocidente, em vez de uma base relacionada com o status, como na época zarista. A votação seria direto: todos os bolcheviques seriam eleitos pelos cidadãos, não por representantes indiretos. (Stalin-Howard Interview; Zhukov, "Repressii" 5-6) Stalin: "adotar a nossa nova constituição provavelmente no final deste ano. A comissão encarregada de redixí a esta trabalhando e terminar em breve o seu trabalho. Como já foi anunciado, de acordo com a nova constituição, o sufrágio é universal, igual, directo e secreto ". (Entrevista Stalin-Howard) 25. E o mais importante: Stalin declarou que em todas as eleições participaria diferentes forças políticas. "Está confundido pelo fato de que apenas um partido se apresentará às eleições. E você não pode ver como pode ter lugar uma disputa eleitoral nestas condições. Evidentemente, os candidatos serão apresentados não só pelo Partido Comunista, mas por todos os tipos de organizações públicas, alheias ao Partido. E tem centenas. Não temos partidos mais que na medida em que temos uma classe capitalista em luta com uma classe trabalhadora que é explorada pelos capitalistas. A nossa sociedade consiste exclusivamente em trabalhadores livres do campo e da cidade, trabalhadores, camponeses e intelectuais. Cada uma dessas camadas tem os seus interesses especiais, interesses expressos através das inúmeras organizações que existem ". Diferentes organizações cidadãos apresentarian candidatos que competirian com os candidatos do Partido Comunista. Stalin declarou Howard que os cidadãos tacharian os nomes de todos os candidatos, exceto os de pessoas a quem votassem. 26. Também salientou a importância de umas eleições em que existir concorrência como forma de lutar contra a burocracia: "Você poderia pensar que não haverá eleições. Mas sim que haverá, e vejo campanhas muito agitadas. Não são poucas as instituições em nosso país, que funcionam mal. Dão-se casos em que este ou aquele governo local não são capazes de satisfazer esta ou aquela das variadas e crescentes necessidades dos trabalhadores da cidade e do campo. edificou-se uma boa escola ou não? melhoraram as condições da habitação? você é um burocrata? Ajudou você a tornar mais eficaz o nosso trabalho e fazer nossas vidas mais cultivadas ? Assim são os critérios com que milhões de eleitores medir o ajuste dos candidatos se recusa aos não aptos, suprimir seus nomes das listas de candidatos e favorecer e elegeram os melhores. Sim, as campanhas eleitorais são disputadas, e estão centradas em inúmeros e agudos problemas, sobretudo de natureza prática, de primeira importância para o povo. O nosso novo sistema eleitoral para reforçar todas as instituições e organizações, que se verão obrigadas a melhorar o seu trabalho. O sufrágio universal, igualitário, directo e secreto será um látego nas mãos do povo contra os órgãos governamentais que funcionem mal. Na minha opinião, a nova constituição soviética é a Constituição mais democrática do mundo ". 27. Desde esta ótica, Estaline e os membros do Politburo mais próximos a ele, Vyacheslav Molotov e Andrei Zhadanov apóiam umas eleições abertas e secretas em todos os debates dentro do partido. (Zhukov, Inoy, 207-10; Entrevista Stalin-Howard) 28. Stalin também insiste no fato de que muitos cidadãos soviéticos, que haviam sido privados de seus direitos, agora os recuperarian. Isto incluia membros das classes explotadoras, como os latifundiários, e aqueles que lutaram contra os bolcheviques durante a guerra civil de 1918-1921, os conhecidos como "guardas brancas", bem como aqueles condenados por crimes (como hoje nos EUA). Os grupos mais importantes e provavelmente mais numerosos entre os lishentsy(expropriados) foram dois: os kulaks, os principais objetivos durante a coletivização, e os que violar a "lei dos três ouvidos" (8) (roubar propriestades estaduais, aos poucos cereais, as vezes simplesmente para combater a fome). (Zhukov, Inoy 187) 29. Estas reformas eleitorais seriam inecesárias, a não ser que a direcção soviética quiser mudar os modos de governo da União Soviética. O que perseguia era expulsar o Partido Comunista da direção direta da União Soviética. 30. Durante a Revolução Russa e os críticos anos que se seguiram, a URSS foi governada por uma hierarquia eleita de sovietes, desde o nível local ao nacional, com o Soviet supremos como órgão legislativo, o Conselho de Comissários do Povo o exercício, eo Secretário do Conselho como cabeça do Estado. Mas na prática, a todos os níveis, a eleição destes esteve nas mãos do partido bolchevique. Houve eleições, mas a nomeação directa por parte dos líderes do partido, denominado "cooptazón" era também habitual. Inclusive as eleições foram controladas pelo Partido, já que ninguém podia optar sem a aprovação dos dirigentes do partido. 31. Para os bolcheviques isso era lógico. Era a forma que tomava a ditadura do proletariado com as condições históricas específicas na União Soviética revolucionária e pós-revolucionária. Sob a Nova Política Econômica ou NEP (9), o trabalho e as capacidades dos explotadores foram necessárias. Ainda que só quando estiver a serviço da ditadura do proletariado, do socialismo. Não se deixou que reconstruisen as relações capitalistas além de certos limites, nem que recuperado poder político. 32. Durante os anos 20 e começo dos 30, o partido bolchevique reclutou membros entre a classe trabalhadora de forma intensa. No final dos anos 20, a maioria dos membros do Partido eram trabalhadores e uma alta porcentagem dos trabalhadores estavam no jogo. Este recrutamento em massa e os grandes projetos de educação política coincidiram com as enormes tensões do primeiro Plano Qüinqüenal, a industrialização a marchas forçadas, ea coletivização, normalmente forçado, das fazendas individuais (passando a constituir fazendas coletivas-kolkhoz-, ou soviéticas-sovkhoz-) . A direção bolchevique foi tão sincera na sua tentativa de proletarizar o Partido como bem-sucedida em seus resultados. (Rigby, 167-8, 184, 199) 33. Stalin e seus seguidores dentro do Politburo deram certos motivos para apoiar a sua vontade de democratizar a União Soviética. Essas razões reforçam a idéia dessa direção de se atingir um novo estado de socialismo. 34. A maioria dos camponeses estavam em fazendas coletivas. Com um decréscimo progressivo de fazendas individuais, a direção soviética pensou que, objetivamente, os camponeses já não constituía uma classe sócio-econômica independente. As semelhanças entre camponeses e trabalhadores eram maiores que as diferenças. 35. Stalin argumentava que, com o rápido crescimento da indústria coletiva e, sobretudo, com a classe operária controlando o poder político através do partido bolchevique, a verba "proletário" já não era acaída. "Cortina de Ferro", disse Stalin, define a classe trabalhadora sob a exploração capitalista, ou trabalhando sob relações capitalistas de produção, como as que existiam durante os primeiros anos da União Soviética, especialmente durante a NEP. Mas uma vez abolida a exploração direta dos trabalhadores pelos capitalistas, a classe trabalhadora não deve se chamar "proletariado". 36. Segundo esta análise, os explotadores do trabalho alheio, já não existiam. Os trabalhadores, que agora dirigiam o país em seu próprio interesse através do partido bolchevique, não eram uma vez o clássico proletariado. Portanto, a "ditadura do proletariado" não era um conceito pertinente. Essas novas condições supunha um novo tipo de Estado. (Zhukov, Inoy, 231, 292, Estaline, "Draft" 800-1). A luta contra a burocracia 37. Os líderes do partido também estavam preocupados com o papel do Partido neste novo estádio do socialismo. Stalin enfrentou a luta contra o "burocratismo" já em Janeiro de 1934, em seu relatório para o XVII º Congresso do Partido. (10) Stalin, Molotov e outros dirigentes denominam o novo sistema eleitoral como "arma contra a burocratización". 38. Os líderes do Partido controlavam o governo, quer decidindo quem entrava nos sovietes como exercendo diversas formas de fiscalização sobre eles. Molotov, dirigindo-se para o VII º Congresso dos sovietes, em 6 de fevreiro de 1935, afirmou que as eleições secretas "golpear com grande força aos elementos burocráticos, propinando-lhes útil um toque de atenção". O relatório de Yenukidze não recomendava, nem indicava, eleições secretas nem a ampliação dos direitos civis. (Stalin, informe o XVII º Congresso do PC; Zhukov, Inoy 124) 39. Os ministros e os seus colaboradores tinham de conhecer os assuntos que se encarregaban se queria ser eficazes na produção. Isso significava educação, e também conhecimentos técnicos em seu campo. Mas os líderes do partido fizeram com freqüência as suas carreiras só através da ascensão pelos escalões do Partido. Não foi preciso muito conhecimento técnico para essa classe de promoção. Mais bem eram necessários critérios políticos. Os funcionários do partido faz o controle, ainda que lhes faltavam os conhecimentos práticos que, teoricamente, lhes facilitariam uma óptima supervisão. (Stalin-Howard Entrevista, Zhukov, Inoy, 305; Zhukov, "Represii" 6) 40. Isso era, aparentemente, o que a direção de Stalin entendia por "burocratismo". Apesar de ser visto como algo perigoso-no que coincidia com todas as correntes marxistas-não o consideravam inevitável. Pensaram que podia ser derrotado modificando o papel do Partido em uma sociedade socialista. 41. O conceito de democracia que Stalin e seus seguidores na direção do Partido desejavam aplicar na União Soviética incluia uma mudança qualitativo no papel do partido bolchevique no seio da sociedade. Os documentos postos à disposição dos investigadores, permitem compreender que já no final da década de 30, houve tentativas de separação entre o partido eo Estado, e de limitar o papel do Partido na vida do país. (Zhukov, Tayny 8) Estaline e os seus continuaram a luta contra a oposição de outros elementos do partido bolchevique, com resolução, ainda que com cada vez menos possibilidades de vitória, até a morte de Stalin em 1953. A decisão de Lavrentii Berio de continuar esta luta parece ser a verdadeira causa da sua morte, a mão-de-Khruchev e seus colaboradores, seja de forma judicial, através de um processo baseado em acusações inventadas em dezembro de 1953, ou bem-como muitas evidências indicam - mediante o simples assassinato, em junho desse mesmo ano. 42. O Artigo 3 da Constituição de 1936 manifesta: "Na URSS, todo o poder pertence aos trabalhadores da cidade e do campo, representada pelo Soviete de Deputados Operários". O Partido Comunista menciona-se no Artigo 126, como "a avangarda da classe operária na luta por reforçar e desenvolver o sistema socialista, é o núcleo dirigente de todas as organizações de trabalhadores, tanto estatais como públicas ". Em outras palavras, o Partido dirigir "organizações", mas não os órgãos legislativos e executivos do Estado. (Constituição de 1936, Zhukov, Tayny 29-30) 43. Parece que Stalin cuidou que, uma vez apartado o Partido do controle sobre a sociedade, seu papel deveria limitar-se à agitação e à propaganda, ea participação na seleção de quadros. O que significaria isso? Talvez algo como o seguinte: - O Partido regresaria a sua função essencial de ganhar as pessoas para os ideais do comunismo. - Isso significaria o fim dos trabalhos confortáveis, eo regresso ao estilo de trabalho duro que caracterizou os bolcheviques durante o zarismo, a revolução, a guerra civil, o período da NEP e da não menos dura etapa dos planos de industrialização e coletivização. Era algo necessário para conseguir uma base real entre as massas. (Zhukov, KP Nov. 13 02; Mukhin, Ubiytvo) 44. Stalin insitia em que os comunistas tinham que ser gente acostumada ao trabalho duro, cultos, capazes de fazer uma contribuição positiva à produção e à criação da sociedade comunista. O próprio Stalin foi um incansável estudioso. (11) 45. Resumindo, os testes indicam que Stalin considerava o novo sistema eleitoral apropriado para cumprir os seguintes objectivos: - Assegurar que a direção da produção, e de toda a sociedade soviética, estiveram nas mãos de pessoas tecnicamente preparada. - Parar a degeneração do partido bolchevique, e fazer regressar aos militantes do Partido, especialmente aos seus líderes, às suas funções primárias: protagonizar a liderança no político e moral, através do exemplo e da persuasão ao resto da sociedade. - Reforçar o trabalho do partido entre as massas. - Granxear o apoio dos cidadãos para o governo. - Criar as bases para uma sociedade sem classes e comunista. A derrota de Stalin 46. Durante 1935, sob o comando de Andrei Vyshinski, Procurador-Chefe da URSS, vários cidadãos que foram exilados, que haviam sido presos e-o fundamental para o nosso estudo-foram privados do direito de voto, recuperaram os seus direitos. Centenas de milhares de antigos kulaks, agricultores ricos, que foram a Diana da coletivização, e aqueles que foram presos ou expulsos do país por opor-se à coletivização, foram liberados. Vyshinski critiou duramente a NKVD (Comissariado Popular para Assuntos Internos) pela "enorme quantidade de erros e equivocacións" na deportação de quase 12.000, mas a Leninegrado após o assassinato de Kirov em dezembro de 1934. Afirmou que doravante o NKVD não poderia deter ninguém, sem autorização prévia do fiscal. A população com direito a voto cresceu em centenas de milhares de pessoas que tinham motivos para pensar que o Estado eo partido foram injustos com eles. (Thurston 6-9; Zhukov, KP Nov 14. 19 02 Zhukov, Inoy 187; Zhukov, "Represii" 7) 47. Originalmente, entre as intenções de Stalin para a nova Constituição não era a da participação de todas as forças políticas. Declarou-no na sua entrevista com Roy Howard, 1 de março de 1936. No Pleno do Comité Central de Junho de 1937, Yakovlev-um dos membros do Comitê Central que, juntamente com Estaline, mais trabalhado no projeto da nova Constituição (Zhukov, Inoy 223) - afirmou que a idéia de eleições abertas havia sido feita por Stalin. Esta sugestão encontrou-se com uma grande oposição por parte dos líderes regionais do Partido, dos Primeiros Secretários, ou a "partitocrácia", como os denominava Zhukov.Após a entrevista com Howard não houve nem sequer um apoio nominal à declaração de Estaline sobre eleições abertas nos principais jornais, a maioria sob o controlo directo do Politburo. O Pravda publicou apenas um artigo, em 10 de março, e não mencionou o tema das eleições. 48. De tudo isso, Zhukov deduz: "Isso só podia significar uma coisa. Não só o" grande liderança "(os primeiros Secretários regionais), mas pelo menos uma parte do aparato do Comitê Central, não aceitaram as inovações de Stalin, e não quiseram aprovar, nem sequer de forma nominal, as eleições, um perigo para muitos que, como se deducia das palavras de Josef Stalin, que o Pravda ressaltou, ameaçava a posição eo poder dos Primeiros Secretários, os Comitês centrais dos partidos comunistas das nacionalidades, e os comitês regionais da cidade e de áreas. " (Inoy, 211) 49. Os Primeiros Secretários mantinham os cargos, sem poder ser expulsos em nenhuma eleição. O imenso poder de que gozavam procediam do controle do Partido sobre cada um dos aparelhos econômicos e estatais: koljoses, fábricas, educação, exército ... O novo sistema eleitoral privaria os Primeiros-Secretários da sua condição de delegados nos sovietes, e impediria que pudessem eleger delegados a seu gosto. Uma derrota deles, ou de seus "candidatos" (os candidatos do partido) nas eleições para os sovietes seria um toque de atenção para o seu trabalho. Um Secretário cujos candidatos perdeu frente aos candidatos não pertencentes ao Partido evidenciaria a sua fraca ligação com as massas. Durante as campanhas, os candidatos opositores centrarian as suas críticas em temas centrais como a corrupção, o autoritarismo ou a incompetência dos candidatos do partido. Os candidatos derrotados mostraria as suas feblezas como comunistas, o que conduziria provavelmente a sua remozón no posto. . (Zhukov KP Nov. 13 02; Inoy 226, cf. Getty, "Excesso" 122-3) 50. Os líderes vetaranos do Partido acumulavam muitos anos de militância, veteranos dos perigosos dias do tzarismo, da Revolução, a Guerra Civil e da coletivização, quando ser comunista conlevaba inúmeros perigos e dificuldades. Muitos deles tinham uma pobre formação acadêmica. Ao contrário de Stalin, Kirov ou Berio, a maioria deles ou não tinham vontade ou não podiam "refazer-se a si mesmos" através da auto-educação. (Mukhin, Ubiystvo 37; Dimitrov 33-4; Stalin, Zastol'nye 235-6) 51. Todos esses militantes eram, desde sempre, os defensores das políticas de Stalin. Foram os que levaram adiante a dura coletivização do campesinato, na qual centenas de milhares foram deportados. Durante os anos 1932 e 1933 muitas pessoas, talvez três milhões de pessoas morreram de fome, uma fome originada por causas naturais e não-humanas que tornou ainda mais dura a expropriação ea coletivização do cereal para o campesinato, ou morreram nos levantes armados dos camponeses (que também causaram muitas vítimas entre os bolcheviques). Os líderes do partido estiveram no comando da industrialização acelerada, que se deu em pobres condições de vida (poucos alimentos, péssimas moradias, paupérrimos cuidados médicos, salários baixos, etc.). 52. Agora, com umas eleições nas quais podiam participar aqueles que até esse momento estavam privados do direito ao voto por ter combatido as políticas da União Soviética, era provável que muitos militantes veteranos temer que estes novos eleitores votassem contra os candidatos ou qualquer outro candidato bolchevique. A derrota de seus candidatos pôr em perigo o poder e os privilégios que haviam. (Zhukov, KP Nov. 13 02, 1936 Consta., Ch. X, cf. Getty, "Excesso" 125, para a importância do sentimento religioso no país)
Julgamentos, Conspirações, Repressão 53. Os planos para a nova Constituição e as eleições foram tratados pelo Pleno do Comité Central de Junho de 1936. Os delegados aprovaram por unanimidade a minuta constitucional. Mas ninguém disse nada a favor do mesmo. Este fracasso em dar pelo menos um ritual apoio a uma proposta de Stalin indicava certamente uma "oposição latente da direção ampliada", uma "evidente falta de compromisso" (Zhukov, Inoy 232, 236; "Repressii" 10-11) 54. Durante o VIII º Congresso dos sovietes de toda a Rússia, nos meses de novembro e dezembro de 1936, Stalin e Molotov insitiron novamente a importância de ampliar o direito ao voto e de umas eleições secretas e abertas. Na linha do espírito da entrevista de Stalin com Howard, Molotov realzou os efeitos benéficos para o partido, de permitir que candidatos não comunistas aos sovietes: "Este sistema ... não pode fazer outra coisa que golpear a quem se move no burocratismo, facilitando a promoção de novas forças ... tem-se que potencializar para alterar os itens mais atrasados ou burocratizados. Sob essa nova forma de eleições, é possível a elizóns de elementos inimigos. Mas até mesmo esse risco, em última instância, tem que ajudar-nos, uma vez que servirá de látego para aquelas organizações que precisam, e para os trabalhadores (do partido) que ficaram durmidos. "( Zhukov, "Repressii" 15) 55. O próprio Stalin, foi mais além: "Alguns dizem que isso é perigoso, já que os elementos hostis ao poder soviético poderiam chegar aos níveis mais elevados, alguns dos antigos guardas brancos, kulaks, sacerdotes, etc. Mas, que há que temer? Se você tem medo dos lobos, não caminha na floresta. Por um lado, nem todos os antigos kulaks, guardas brancos e curas são hostis ao poder soviético. Por outro, se o povo se decanta lá ou aqui por forças hostis, isso significará que o nosso trabalho de agitação está pobremente organizado , e que merece essa desgraça. "(Zhukov, Inoy 293; Stalin," Draft ") 56. Novamente, os Secretários Primérios demonstraram uma tácita hostilidade. O Pleno do Comitê Central de dezembro de 1936, cujas sessões coincidiram com as do Congresso, reuniu-se em 4 de dezembro. Mas não houve nenhuma discussão do primeiro ponto da ordem do dia, o rascunho da Constituição. O relatório de Yezhov, "Sobre as organizações anti-soviético de direta e trotkistas" estava muito mais próximo das preocupações dos membros do Comitê Central. ( "Fragmenty" 4-5; Zhukov, Inoy 310-11) 57. Em 5 de dezembro de 1936 o Congresso aprovou o rascunho da nova Constituição, ainda que não houve realmente discussão. Pelo contrário, os delegados (líderes do Partido) enfatizaram as ameaças dos inimigos exteriores e interiores. Mais do que discursos de aprovação da Constituição, (tema principal sobre o qual informou Stalin) os delegados Molotov, Zhdanov, Litvinov e Vyshinsky ignoraram virtualmente o tema da Constituição. Nomeou-se uma comissão para posterior estudo do rascunho constitucional, sem decidir nada sobre as eleições abertas. (Zhukov, Inoy 294, 298, 309)58. A situação era realmente muito tensa. A vitória dos fascistas na guerra civil do Estado espanhol era só questão de tempo. A União Soviética estava rodeado por potências hostis. Na segunda metade da década dos anos 30, absolutamente todos esses países eram regimes abertamente autoritários, militaristas, anticomunistas e antisoviéticos. Em outubro de 1936, a Finlândia disparou contra a fronteira soviética. Nesse mesmo mês nasce o eixo Berlim-Roma, entre Hitler e Mussolini. Um mês mais tarde, Japão une as suas forças para a Alemanha nazista e da Itália fascista para formar o Pacto Anti-Komintern. Os esforços soviéticos para formar alianças militares contra a Alemanha nazista encontrou a rejeição das capitais ocidentais. (Zhukov, Inoy 285-309) 59. Na época em que o Congresso tratava a nova Constituição, foram realizadas as duas principais julgamentos de Moscou. Zinoviev e Kamenev foram julgados junto com outros em Agosto de 1936. O segundo julgamento, em janeiro de 1937, afectava a alguns dos principais seguidores de Trotsky, dirigidos por Yuri Piatakov, que até havia pouco tempo tinha sido o comissário Delegado de Indústria Pesada. (12) 60. O Pleno do Comitê Central de fevreiro-março de 1937 iniciou-se as contradições dentro da direção do partido: a luta contra os inimigos internos, ea necessidade de preparar eleições abertas e secretas sob a nova Constituição para o final de ano. A descoberta paulatino de mais e mais grupos conspirando para derrubar o governo soviético ordenou ações policiais. Mas a preparação de eleições autenticamente democráticas, ea melhora na democracia interna do Partido (tema continuamente apoiado pelos mais próximos a Stalin dentro do Politburo) exigia precisamente o contrário: incentivo à crítica e à autocrítica, eleições secretas dos líderes do partido e acabar com a " cooptazón "por parte dos Primeiros-Secretários. 61. Este Pleno, o mais longo na história da União Soviética, prolongou-se duas semanas. Mas nada disso soubemos até 1992, quando a volumosa transcrição do Pleno começou a publicar-se no Voprosy Istorri, publicação que se prolongou durante quatro anos. 62. O relatório de Yezhov para continuar as investigações sobre as conspirações no país foi ensombrado por Nikolai Bukharin, que, através de eloqüentes confissões de passadas deslealdades, tentava distanciar-se dos seus antigos aliados, assegurando seu compromisso com o governo soviético, mas que só lhe valeu para se culpar pelo mesmo posteriormente. (Thurston, 40-42; Getty e Naumov confirmam este ponto.563) 63. Três dias depois, Zhadanov falou da necessidade de uma maior democracia tanto no país como no partido, invocando a luta contra a burocracia ea necessidade de laços mais fortes com as massas. "O novo sistema eleitoral dará um poderoso impulso para a melhoria no trabalho dos órgãos soviéticos, a liquidação de instituições burocráticas, a eliminação de defeitos burocráticos ea deformação no trabalho das organizações soviéticas. Esses defeitos, como você sabe, são muito importantes. Os organismos do nosso partido devem estar preparados para a luta eleitoral. Nas eleições teremos que lidar com a agitação dos inimigos e com candidatos inimigos. " (Zhukov, Inoy 343) 64. Não há dúvida, como porta-voz da direcção seguida, previa discórdias eleitorais para candidatos não pertencentes ao Partido e contrárias aos processos que se davam na União Soviética. Só este fato já afunda as versões da Guerra Fria e as explicações khruchevistas. 65. Zhdanov também ressaltou durante muito tempo a necessidade de desenvolver normas democráticas dentro do próprio partido bolchevique. "Se queremos o respeito dos trabalhadores soviéticos e do Partido às nossas leis, das massas à Constituição soviética, temos que garantir a renovação do partido com base no estabelecimento das bases da democracia interna, como se reflete nos regulamentos do nosso Partido. "Liste a seguir as medidas essenciais, já contidas no projecto de resolução do seu relatório: a eliminação da cooptazón, a proibición das votações a mão elevada, garantir o direito ilimitado de membros do Partido para afastar os candidatos eleitos eo direito ilimitado para criticar a esses candidatos ". (Zhukov, Inoy 345) 66. O relatório de Zhdanov afundiou-se, porém, entre as discussões de outros pontos da ordem do dia, principalmente discussões sobre os "inimigos". Certo número de Primeiros Secretários respostaron alarmados que alguns dos candidatos que se preparavam ou se supunha que se preparavam para as eleições soviéticas eram contrários ao poder soviético: social-revolucionários, sacerdotes e outros "inimigos". (12) 67. Molotov disse Destaque, mais uma vez, "o desenvolvimento eo reforço da autocrítica", opoñendo-se directamente para a "busca de inimigos": "Não faz sentido buscar culpáveis, camaradas. Se quiser, todos somos culpáveis, a começar pelos órgãos centrais do partido e acabando pelas organizações de base". (Zhukov, Inoy 349) 68. Mas as intervenções posteriores ignoraram o seu relatório, teimando em busca de "inimigos", na denúncia de "sabotadores", ea luta contra a "sabotagem". Na intervenção de Molotov, este asombrou-se a nula atenção que despertou o fundo da sua intervenção, que voltou a repetir, após resumir o que se estava fazendo contra os inimigos internos. 69. O discurso de Stalin, de 3 de Março voltou realçar a necessidade de melhorar o trabalho do Partido, suprimindo os incapazes, à procura de novos camaradas. Como o de Molotov, o discurso de Stalin foi praticamente ignorado. Desde o início das discussões, os temores de Stalin foram compreensíveis. Parecia estar isolado por uma parede surda de incompreensão, de falta de vontade dos membros do Comitê Central. que ouviram do relatório apenas o que queriam ouvir, e discutiram apenas o que queria discutir. Das 24 pessoas que participaram nas discussões, 15 falaram principalmente sobre os "inimigos do povo", isto é, os trotskistas. Falaram com convicção, com agressividade, como o fizeram depois de os relatórios de Zhdavon e Molotov. Reduziram os problemas a um: a necessária busca de "inimigos". E ninguém retomou o principal ponto de Stalin, sobre o mau funcionamento do trabalho nas organizações do Partido ea preparação para as eleições do Soviet Supremo. (Zhukov, Inoy, 357) 71. No seu discurso final do 5 de março, último dia do Pleno, Stalin minimizou a necessidade de encontrar inimigos, inclusive trotskistas, muitos dos quais, segundo afirmou, regressar ao partido. O ponto principal foi a necessidade de impedir os funcionários do Partido conduzir todos e cada um dos aspectos econômicos, combater a burocracia e elevar o nível político. É dizer, Stálin apostou por elevar o nível de crítica aos Secretários. "Alguns camaradas pensam que sendo eles comissários Populares, sabem tudo o que é preciso saber. Acredito que o posto, por si só, garante grandes e inacabábeis conhecimentos. Ou bem pensam:" se sou um membro do Comité Central, não o são por acidente, portanto, significa que sei tudo. "Isso não é assim." (Stalin, Zakliuchitel'noe; Zhukov, Inoy 360-1) 72. Algo que soava ameaçador para todos os dirigentes do partido, incluindo os Primeiros Secretários, foi a afirmação de Stalin de que deveriam eleger dois quadros para substituição-los enquanto participavam do curso de educação política que teria lugar durante seis meses. Esta substituição era perigosa para os secretários do partido, que temia que durante esse espaço de tempo fossem destinados a outros lugares, rachando por isso a estrutura de seu "clã" (os outros dirigentes a seu serviço), uma das primeiras causas da burocracia. (Zhukov, Inoy 362) 73. Thurston define o discurso de Stalin como "notavelmente suave", defendendo "a necessidade de aprendizagem das massas, e de emprestar atenção às críticas de baixo". Até mesmo a resolução do relatório de Stalin tocava apenas superficialmente o tema dos "inimigos", trantando principalmente com os erros na organização do Partido e na sua direção. Segundo Zhukov, que menciona esta resolução não publicada, nem um só de seus 25 pontos estava relacionada principalmente com os "inimigos". (Thurston, 48-9; Zhukov, Inoy 362-4) (14) 74. Após o plenário, os Primeiros-Secretários protagonizaram virtualmente uma rebelião. Primeiro Stalin, e depois o Politburo, emitiron mensagens lembrando a necessidade de efectuar votações secretas no seio do partido, opor-se à conduta de cooptazón favorecendo as eleições, ea necessidade de xeralizar a democracia interna no partido. Os Primeiros Secretários continuaram a fazer as coisas como antes, independentemente das resoluções do Pleno. 75. Nos meses posteriores, Estaline e os seus colaboradores mais próximos tentaram que a caça dos "inimigos" não fosse a principal preocupação dos membros do Comitê Central, insistindo na luta contra a burocracia do Partido, e em preparar as eleições para o Soviet. Enquanto "os líderes locais do partido fizeram tudo o que a disciplina do Partido lhes permitia, e as vezes um pouco mais, para suspender ou adiar as eleições". (Getty, "Excesso" 126; Zhukov, Inoy 367-71) 76. O repentino descoberta, em abril, maio e primeiros dias de junho de 1937, do que aparentemente era um vasto complexo militar e policial fez aumentar o pânico no governo de Stalin. Genrikh Yagoda, diretor da segurança e ministro do Interior, foi preso no final de março de 1937, começando a confessar em abril. Em Maio e princípios de 1937, militares de alto escalão relataram a sua conspiração com o alto comando alemão para derrotar o Exército Vermelho no caso de uma invasão por parte da Alemanha e de seus aliados. Também confessou as suas relações de natureza conspirativa com políticos, incluindo muitos que ocupavam posições destacadas. (Getty, "Excesso" 115, 135; Thurston, 70, 90, 101-2; Genrikh IAgoda) (15) 77. Esta situação era muito mais séria que as anteriores. Durante os julgamentos de Moscou de 1936 e 1937, o governo tomou-se o tempo para preparar os processos e organizar alguns julgamentos públicos dotados da máxima publicidade. Mas esta conspiração militar foi tratada de maneira muito diferente. Pouco mais de três semanas passaram desde a data da detenção de Mikhail Tukhachevsky, no final de maio, até o julgamento e execução deste e de outros sete militares de alto escalão os dias 11 e 12 de junho. Durante esse período, centenas de milhares de comandantes militares foram requeridos em Moscou para ouvir as provas contra os seus colegas-os seus superiores, para a maioria deles-e para ouvir as alarmantes análises de Stalin e do marechal Voroshilov, Comissário do Povo para a Defesa, o militar de maior gradazón no país. 78. Nas datas do Pleno, fevreiro e março, nem Yagoda nem Tukhachevsky foram ainda detidos. Stalin eo Politburo tinham como objectivo que a Constituição fosse o principal ponto da agenda, colocando-se na defensiva diante do fato de que a maioria dos integrantes do Comitê Central, ignorando esse ponto, insistir na batalha contra os "inimigos". O Politburo planexou que as reformas constitucionais Forse também o ponto essencial do próximo plenário a realizar em Junho de 1937. Mas a situação em Junho era muito diferente. A descoberta de complós na direção do NKVD e entre muitos destacados líderes militares para derrubar o governo e matar a seus dirigentes, mudou totalmente o clima político. 79. Stalin colocou-se na defensiva. Em seu discurso do dia 2 de junho a sessão ampliada do Soviet do Exército (reunido de 1 a 4 de Junho), descreveu as recentes descobertas conspirações (16) como "limitadas", e tratadas com um grande sucesso. Também no Pleno de fevreiro-março, ele e os seus apoios no Politburo minimizaron as amplificado preocupações dos primeiros Secretários sobre os "inimigos internos". Mas, como ressalta Zhukov, a situação "lenta mas decisivamente ia escapando de suas mãos (de Stalin). (Stalin, "Vystuplenie"; Zhukov, Inoy Ch. 16, passim; 411) 80. O Pleno do Comité Central de Junho de 1937 (17) começou com as propostas de reprobación, em primeiro lugar, de sete integrantes do Comitê Central e candidatos por falta de confiança política ", e depois com as mais de 19 por traição e atividades contra - ". Os 19 foram presos pelo MKVD. Outros dez membros mais do Comitê Central foram expulsos por acusações da mesma natureza. 81. Yakovlev e Molotov criticaram o fracasso dos dirigentes do partido em organizar eleições independentes aos sovietes. Molotov defendou inclusive a medida de afastar do caminho a revolucionários distintos de não estarem preparados para as tarefas do momento. Insistiu em que os dirigentes dos sovietes não eram "trabalhadores de segunda linha". Evidentemente, os dirigentes do partido estavam a tratá-los desse modo. 82. Yakovlev argumentou e criticou o fracasso dos primeiros Secretários na hora de fazer eleições secretas para os postos do partido, apoiando-se, pelo contrário, nas nomeações ( "cooptazón"). Destacou a necessidade de que os membros do Partido eleitos nos sovietes não estiveram às ordens de grupos do Partido, fora dos sovietes, que condicionado as suas posições. Que seu voto não fosse o apontado por seus superiores no jogo, como os Primeiros-Secretários. Tinham que ser independentes. Yakovlev utilizou os termos mais duros para se referir à necessidade de "lançar mão da muito rica reserva dos novos quadros para subtituir àqueles corrompidos ou burocratizados". Todas estas afirmações constituem um ataque explícito aos Primeiros Secretários. (Zhukov, Inoy 424-7; Tayny, 39-40, citando documentos de arquivo) 83. A Constituição foi finalmente concluída, fixando-se em 12 de dezembro de 1937 como data das primeiras eleições. Os dirigentes próximos a Stalin, argumentaram, mais uma vez, as avantaxes da luta contra a burocracia e de criar laços com as massas. Porém, tudo isso foi posterior à expulsão sumária e sem precedentes dos 26 membros do Comitê Central da qual falamos no ponto 80. (Zhukov, Inoy 430) 84. Talvez o mais revelador seja a seguinte observação de Stalin, comentada por Zhukov: "Finalizou as discussões, quando o assunto era a busca de um método mais fiável para a apuração de cédulas, (Stalin) comentou que no Ocidente, graças a um sistema multipartidário, esse problema não existia. Imediatamente depois, murmurou uma frase bastante incomum para um encontro desse tipo: "Nós não temos partidos políticos diferentes. Afortunado ou Infelizmente temos apenas um jogo. "(Sublinhado por Zhukov) para passar a propor, nem que apenas provisoriamente, utilizar para a apuração e supervisão a membros de todas as organizações sociais existentes, menos as do partido bolchevique ... O desafio à autocracia do partido estava sobre a mesa ". (Zhukov, Inoy 430-1; Tayny 3) 85. O partido bolchevique padecia de uma grave crise, sendo imposível pensar que as coisas se desenvolveria com suavidade. Era a pior situação possível para organizar umas eleições democráticas (secretas, universais, abertas). A idéia de Stalin de reformar o governo soviético e do papel do Partido bolchevique nessa reforma estava condenado. 86. Tendo o Pleno, Robert Eikhe, Primeiro Secretário da região do Krai, no oeste siberiano, falou em particular com Stalin, como também o fizeram outros Primeiros-Secretários. Provavelmente, pediram os poderes que pouco depois obtiveram: a autorização para formas troikas, grupos de três dirigentes organizados para combater a possibilidade de conjuras contra o governo soviético nas suas regiões. (Estas troikas receberam o poder de execução sem apelação. Impuseram-se limites no número de prisioneiros executados e baseando-se no poder destas troikas. Quando estes limites foram esgotados, os Primeiros-Secretários solicitaram limites superiores, pedido que foi concedido. Zhukov acha que Eihke podia estar representando um grupo informal de Primeiros Secretários. (Getty, "Excesso" 129; Zhukov, Inoy 435) 87. Quem foram os objetivos desses julgamentos draconianos por parte destas troikas? Zhokov pensa que foram os lishentsy, aqueles cujos direitos de cidadania, incluindo o direito a voto, foram recentemente restaurados, e que supunha potencialmente o maior risco para a continuidade no poder dos Primeiros-Secretários. Zhukov descarta totalmente a existência de conspirações reais. Mas os documentos de arquivo recentemente publicados evidenciam que, no mínimo, a direcção central estava continuamente recebendo relatórios de conspirações, incluindo transcrições de confissões. Estaline e outros, certamente, acreditaron nestas conspirações. A minha opinião é que pelo menos algumas das conspirações foram reais, e que os primeiros Secretários acreditaram nelas. (Zhukov, KP Nov. 13 02; Inoy, Ch. 18; "Repressii" 23; Lubianka B) 88. Outra hipótese é que qualquer um que estivesse relacionado com qualquer tipo de movimento opositor era clementemente contemplado como "inimigo", e sujeito a detenção e interrogatório por parte do NKVD, um de cujos membros era sempre parte da troika. Outro grupo eram aqueles que expressaram abertamente desconfiança e ódio para com o sistema soviético como um todo. Thurston cita evidências de que esses indivíduos eram imediatamente presos. Porém, aqueles que manifestavam críticas aos líderes locais do Partido não foram molestados, enquanto que os criticados, incluindo membros do Partido, às vezes se que o eram. (Thurston, 94-5) 89. Portanto, contra aqueles que argumentam que as conjuras foram ilusões na mente paranóico de Stalin, ou, ainda pior, mentiras destinadas a reforçar a sua obsessão megalómana com o poder, há provas de pesado que demonstram a existência de conspiracóns reais. Os relatos dos conspiradores que conseguiram sair depois da URRS confirmam isso. A numerosa documentação policial sobre as conspirações, muito pouca publicada, é um poderoso argumento contra a teoria de que tudo foi uma montagem. E mais, as anotações de Stalin nesses documentos reafirmam o fato de que pensava que eram certas. (Getty, "Excesso" 131-4; Lubianka B) 90. Getty resume esta contradição da seguinte maneira: "Stalin ainda não era partidário de retirar as eleições, ea 2 de Julho de 1937 o Pravda desautorizou claramente aos secretário regionais publicando o primeiro decreto das novas regras eleitorais, animando e apoiando as eleições secretas e universais. Mas Stalin lançou um compromisso. No mesmo dia que foi publicada a lei eleitoral, o Politburo aprovou uma campanha em massa contra, precisamente, os elementos de que se queixar os líderes locais, e horas mais tarde, Stalin enviou um telegrama aos líderes provinciais do Partido ordenando a Operação Kulak (contra os lishentsy, GF). É difícil evitar a conclusão de que a mudança de obrigar os líderes locais do partido a participar das eleições, Stalin decidiu ajudá-los a ganhar dando-lhes licença para eliminar ou deportar centenas de milhares de "elementos perigosos". ( "Excesso" 126) 91. Independentemente de qual for a história destas purgas, execução extra-judiciais e deportações, parece que Stálin pensava que se estavam criando as condições para umas eleições livres e abertas. Porém, essas ações minaron qualquer possibilidade de umas eleições de qualquer tipo. 92. O Politburo, tentou em um primeiro momento, limitar a campanha de repressão ordenando que rematado em cinco dias. Ainda não sabemos a razão, se foi por convencimento ou por ver-se obrigados, a verdade é que o NKVD teve permissão para ampliar o período para quatro meses, de agosto a dezembro. Foi pelo alto número de detidos? Pelo convencimento da existência de inúmeras conjuras que constituía uma grande ameaça interna? Não conhecemos os detalhes desta repressão em massa. 93. Este era justamente o período em que ia ter lugar a campanha eleitoral. Pesi a que o Politburo continuar a organizar estas eleições, regulamentado o sistema de avaliação e informando aos funcionários de como tínhamos que atuar, os chefes locais controlavam a repressão. Assim, estes podiam determinar que a oposição ao Partido (para essas pessoas) se podia considerar "leal" e que era merecedora de repressão. (Getty, "Excesso," passim.; Zhukov, Inoy 435) 94. Existem documentos originais que demonstram que Estaline e os seus próximos no Politburo estavam convencidos de que os conspiradores antisoviéticos estavam ativos, e de que tinham de enfrentar a eles. Isso foi o que afirmaram os líderes regionais do partido durante o plenário de fevreiro-março. Nestas datas a direção de Stalin minimizaba o perigo, e mantinha a atenção na Constituição, na necessidade de preparar eleições eo reserva do burocratizado e velho liderança por outro formado por jovens líderes. 95. Para o pleno de junho, os secretários regionais estavam em uma posição em que podiam dizer: "Estava avisado. Tínhamos razão, e ainda a tem, há perigosos conspiradores ativos, prontos para usar a campanha eleitoral com o propósito de provocar revoltas contra o governo soviético ". Foi desta maneira que sucederam as coisas? Parece ser possível, mas não podemos estar seguros. 96. Stalin ea direção central não conheciam a extensão destas consiparicóns. Não sabia o que podia fazer os nazistas alemães e os fascistas japoneses. Em 2 de junho, no Encontro ampliado do Soviete Militar, Stalin afirmou que o grupo de Tukhachevsky proporcionar ao Alto Comando alemão os planos operacionais do Exército Vermelho. Isto significava que os japoneses, unidos por uma aliança militar (o Eixo) e uma aliança política anticomunista (o Pacto Anti-Komintern, na verdade, um pacto anti-soviético) com a Itália fascista ea Alemanha nazi, também os teria. 97. Stalin disse aos líderes militares que os conxurados queriam transformar a URSS em outro Estado espanhol, isto é, uma Quinta Coluna coordenada com um exército invasor fascista. Dado este terrível perigo, a direção soviética estava decidida a reagir com uma determinação brutal. (Stalin, "Vystuplenie") 98. Ao mesmo tempo, muitas evidências apontam para que o comando central (Stalin) queria reduzir a repressão das troikas impulsionada pelos Secretários Regionais e continuar integrando as eleições na nova Constituição. De 5 a 11 de julho a maioria dos Secretários copiou a iniciativa de Eikhe de comunicar cifras precisas dos Represaliados, meiante execução (tipo 1) ou encarceramento (tipo 2). De repente, em 12 de junho, o comissário-chefe do NKVD, Frinovskii, enviou um telegrama urgente a todos os escritórios da polícia local: "não iniciados operações de repressão contra antigos kulaks, repito, não os iniciados". (Getty, "Excesso" 127) 99. Depois de os chefes locais do NKVD foram reclamados em Moscou para conferenciar, foi emitida a ordem número 447. Esta longa e detalhada instrução ampliaba o campo da repressão (basicamente curas opostos anteriormente ao sistema soviético e criminais), ainda que, pelo geral, "diminuir os limites e as cifras requeridas pelos Secretários provinciais". (19) Todas estas vacilações fazem pensar em desacordos e lutas entre o "centro"-Estaline e os seus próximos no Politburo-e os Secretários provinciais. Não há dúvida de que Stálin não tinha o mando. (Order no. 00447; Getty, "Excesso" 126-9) 100. O Pleno do Comitê Central de Outubro de 1937 foi a suspensão definitiva do projecto para umas eleições abertas. Um modelo de candidaturas, com diversos candidatos, já havia sido criada. Conservam-se bastante em diferentes arquivos. (20) Como substituição estabeleceu-se que, para as eleições para os sovietes de dezembro de 1937, os candidatos do Partido compartirian as listas com uma percentagem de candidatos alheios ao partido de entre 20 e 25%. Zhukov localizou nos arquivos o documento original no qual Molotov, em 11 de outubro às seis da tarde, cancelaba as eleições abertas. Isto representou uma derrota para Stalin e seus seguidores no Politburo. (Zhukov, KP 19 nov. 02; Zhukov, Tayny. 41; Inoy 443) 101. Foi também no Pleno do Comitê Central, quando se pronunciou o primeiro protesto contra a repressão em massa, por parte do Primeiro-Secretário de Kursk, Peskarov: "Eles (o NKVD?, As troikas? GF) condenam as pessoas por minudéncias ... ilegalmente, e quando nós levamos a questão ao Comité Central, recebemos o decidido apoio dos camaradas Stálin e Molotov, que enviam uma brigada de funcionários da Corte suprema e do Gabinete do Procurador para rever estes casos ... Com o resultado de que, após três semanas de trabalho desta brigada, o 56% das sentenças em 16 regiões são consideradas ilegais. Ainda mais, em 45% das sentenças não existem provas de que foi cometido nenhum delito ". (Zhukov, Tayny, 43) 102. Do Pleno de janeiro de 1938, Makenkov apresentou uma pungente crítica da grande quantidade de membros do partido foram expulsos e julgados de cidadãos, muitas vezes até mesmo sem fornecer listas de nomes, mas apenas indicando o número de expulsos. Postyshev, Primeiro-Secretário de Kuybyshev, foi removido como candidato ao Politburo por manter que "não havia nenhum elemento honrado" entre todos os funcionários do Partido. 103. Parece que o NKVD funcionava independentemente, pelo menos em algumas áreas. Sem dúvida, os Primeiros-Secretários também o faziam assim. (Zhukov, KP 19 nov. 02; Tayny, pp. 47-51; Thurston 101-2, 112) No entanto, a preocupação dos líderes do Politburo era a existência de conspiradores. A magnitude dos abusos do NKVD não reconhecido. Como indica Zhukov, o relatório de Malenkov (culpando os arrivistas no interior do Partido das expulsões em massa e prisões) foi continuado por Kaganovich e Zhadanov, que seguiram insistindo na luta contra os inimigos e apropriaram-se apenas uma ligeira atenção à "ingenuidade e ignorância" no trabalho dos "bolcheviques honrados". 104. O Pravda, sob controle dos seguidores de Stalin, ainda fazia apelos para afastar o Partido do gerenciamento direto dos assuntos econômicos, ea necessidade de promover as pessoas não militante aos postos de liderança. (Zhukov, Tayny 51-2) Enquanto Nikita Khrushev, que em 1937 tinha pedido competências para poder executar a 20.000 pessoas, quando era chefe do Partido em Moscou, foi transferido à Ucrânia, onde, no prazo de um mês, reclamou poderes para limitar a 30.000 pessoas. (Zhukov, Tayny 64, ver n. 23) 105. Parece que Nicolau Yezhov, substituto de Genrikh Yagoda em 1936 no comando do NKVD, estava estreitamente relacionado com os Primeiros-Secretários. (21) A massa repressão dos anos 1937-1938 esteve tão ligada ao seu nome que ainda é conhecido como a "Yezhovshchina" . Yezhov deixou o seu posto em 23 de setembro de 1938 (22), sendo substituído em novembro do mesmo ano por Lavrentii Berio. 106. Sob o comando de Berio, muitos dos comandos do NKVD e Primeiros Secretários responsáveis de milhares de execuções e deportações foram julgados, e muitas vezes eles mesmos executados por levar à morte a gente inocente e fazer uso da tortura contra os detidos. As transcrições dos julgamentos de alguns dos funcionários policiais que utilizaram a tortura foram publicadas. Numerosos presos e acusados, deportados ou enviados aos campos de trabalho foram liberados. O próprio Berio disse que sua missão era "acabar com a Yezhovshchina". Stalin disse-lhe o engenheiro aeronáutico Yakovlev que Yezohv foi executado por assassinar milhares de inocentes. (Lubianka B, Nos. 344, 363, 375; Mukhin, Ubiystvo 637; Yakovlev)
107. Fez-se um prejuízo incalculável para a sociedade soviética, o governo soviético e do partido bolchevique. Há muito tempo que sabemos isto, evidentemente. O que não sabíamos até agora é que a implantação das troikas e as cotas de execuções e deportações se devem à insistência dos Primeiros Secretários, e não a Stalin. Zhukov acha que a estreita relação entre isso ea ameaça de eleições abertas, eo fato de que o Comitê Central conseguiu forçar a direção de Stalin e seus colaboradores para cancelar essas eleições, indica que a maneira de evitar essa "ameaça eleitoral" fora as detencisón em massa e as execuções de "Yezhovshchina". (23) (Zhukov, KP) 108. Ninguém pode absolve a Estaline e aos que o apoiaram as amplas responsabilidades que tiveram nas execuções, que foram de muitas centenas de milhares. (24) Se as vítimas fossem encarceradas em vez de executadas a maioria teria sobrevivido. Muitos veriam revistos os casos, e liberados. Para os nossos objectivos neste trabalho, a pergunta chave é: Por que Stalin cedeu ante as exigências dos Primeiros Secretários, demandas que lhes concedia o destino de milhares de pessoas? Apesar de que não existem desculpas, podem existir razões. 109. Nenhum outro governo está preparado para traições simultâneas por parte de altos comandantes militares, figuras de primeira linha do governo nacional e de governos regionais, e da direção da polícia secreta e de fronteiras. 110. Um grave conjunto de conspirações, que inclui tanto líderes do Partido atuais e anteriores, com ligações para todo o país, acabava de ser descoberto. O mais ameaçador era a participação de destacados militares dos níveis mais altos, com a revelação dos planos secretos militares aos inimigos fascistas. A conspiração militar tinha contatos em toda a União Soviética, e nela estavam também os principais comandos do NKVD, incluindo a Genrikh Yagoda, quem dirigir este organismo entre os anos 1934 e 1936. É dizer, não se podia saber a amplitude da conspiração e quanta gente estava implicada. O caminho era prudente pensar o pior. (25) 111. O Politburo e Stalin estavam no topo de duas amplas hierarquia, a do partido ea governamental. O que sabia sobre o estado das coisas no país era o que seus subordinados lhes diziam. Durante os próximos doze meses reprimiron a muitos dos Primeiros Secretários, indo para parar a prisão, a metade deles. Na maioria dos casos, os cargos concretos e as transcrições dos interrogatórios continuam sem ser desclassificados, inclusive na Rússia pós-soviética e anticomunista. Mas agora contamos com bastantes provas das investigações que efectuaron Stalin eo Politburo para fazer-nos uma ideia da alarmante situação que enfrentava. (Lubianka B) 112. O partido bolchevique guiavam-se pelo centralismo democrático. Apesar da sua popularidade em toda a União Soviética, Stalin (como qualquer outro líder do partido) podia ser derrotado por uma maioria do Comitê Central. Não estava em situação de ignorar pressões e urgências por parte de um vasto número de membros do Comité Central.113. Como ilustração da incapacidade de Stalin, para impedir que os Primeiros-Secretários se burlasen dos princípios que inspiraban as eleições democráticas, Zhukov menciona um incidente que ocorreu no Pleno do Comitê Central de Outubro de 1937. Kravtsov, Primeiro Secretário do Kraikom (Comitê Regional GF) de Krasnodar foi o único a reconhecer o que os seus colegas fizeram secretamente as semanas anteriores. Fez um perfil da seleção daqueles candidatos a deputados do Soviet Supremo que axustaban aos interesses do "grande liderança". "Apresentamos os nossos candidatos para o Soviete Supremo", disse com sinceridade Kravtsov. "Quem são estes camaradas? Oito são membros do Partido, dois não são membros nem do partido nem do Komsomol. Assim, cumprimos com a percentagem de candidatos não-membros do partido que aprovou o Comitê Central. Pela sua ocupação, estes camaradas classificam-se em: quatro funcionários do Partido, dois funcionários no Soviet, um secretário de Kolkhoz, um condutor, um tractorista, um trabalhador do setor de combustível ...
Stalin: Quem são? Kravtsov: entre os dez está Yakovlev, Primeiro Secretário do Kraikom e secretário do Comitê Executivo do Krai. Stalin: Quem te aconselhou isso? Kravtsov: Tenho que dizer, camarada Estaline, que fui aconselhado aqui, no Comitê Central. Stalin: Quem? Kravtsov: Aqui, no Comitê Central, designa o nosso secretário do Comitê Executivo do Krai, o camarada Simochkin, e contou com a aprovação do Comitê Central. Stalin: De quem? Kravtsov: Não sei, não posso dizer quem. Stalin: É uma pena que não possas diz que, porque se destacaram muito mal. "(Zhukov, Inoy 486-7) 114. Evidentemente, todos os Primeiros-Secretários estavam fazendo o que só Kravtsov disse, ignorar o princípio de eleições secretas para o Soviet, princípio que eles votaram em um anterior Pleno, mas que nunca aceitaram na prática. Isto assinala a derrota definitiva de Stalin, neste tema, as reformas constitucionais e eleitorias que ele e outros líderes centrais liderar por dois anos. 115. A reforma democrática foi derrotado, eo antigo sistema político manteve em seu site. O plano de Stalin para eleições abertas desapareceu para sempre: "Deste modo, a tentativa de Stalin e do seu grupo de reformar o sistema político da União Soviética terminou num rotundo fracasso". (Zhukov, Inoy 491) 116. Zhukov acha que de se recusar a Stalin, as exigências de poderes extraordinários por parte dos Primeiros Secretários, seria provável que este fosse destituído, preso por contra-e executado "... Hoje Stalin estaria entre as vítimas da repressão de 1937, eo" Memorial "e da comissão de AN Yakovlev estaria há muito tempo reclamando a sua reabilitação ". (Zhukov, KP 16 nov. 02) 117. Em Novembro de 1938, Lavrentii Berio assumiu o posto de Yezhov como chefe do NKVD. As "troikas" foram abolidas. As execuções extrajudiciais acabaram e os responsáveis dos terríveis excessos foram julgados e executados ou presos. (26) Mas a guerra estava perto. O governo da França negou-se a prosseguir com a já muito fraca aliança franco-soviética (A URSS desejava uma muito mais forte). Os aliados cederam Checoslováquia a Hitler e aos fascistas poloneses, sem nenhum tipo de luta. A Alemanha nazista acordou uma aliança com o governo fascista da Polônia, com a intenção de invadir a URSS. Na Espanha, o dos republicanos, a quem os bolcheviques, quer ajudar, estava prestes a perder a guerra. Itália invadia Etiópia, sem que a Liga das Nações tinha feito nada. França e Inglaterra, com o apoio da maioria da Europa ocidental, animava descaradamente a Hitler para invadir a URSS. (Lubianka B, no. 365; Leibowitz) 118. Japão, Itália e Alemanha tinham um tratado de defesa mútua, e um pacto "Anti-Komintern", ambos expressamente dirigidos contra a União Soviética. Todos os países fronteiriços europeus (Polónia, Roménia, Bulgária, Hungria, Finlândia, Estónia, Letónia e Lituânia) eram ditaduras militares de cunho fascista. Em 1938, um ataque japonês em khas causou cerca de 1.000 mortos no Exército Vermelho. Um anos depois, outro ataque japonês, desta vez em Khalkin-Gol, foi rejeitado pelo Exército Vermelho. As baixas soviéticas ascenderam a 17.000, incluindo quase 5.000 mortos, apesar das baixas, o triunfo soviético foi decisivo, já que Japão não voltou a atacar a URSS. No entanto, nessa data, o governo soviético não podia saber isso. (Rossiia I SSSR v Voynakh) 119. Após 1938, o governo de Stalin não voltou a tentar pôr em prática o sistema democrático eleitoral refletido na Constituição de 1936,. Mostrava isso o ponto morto e que o mesmo havia chegado entre Estaline e os Primeiros Secretários do Comitê Central? Ou, pelo contrário, dominava a idéia de que, com uma guerra à porta, os esforços democratizadores tinham de esperar tempos mais pacíficos? Os testes com as quais contamos não permitem uma conclusão firme. 120. Porém, com a substituição de Yezhov por Berio (formalmente em dezembro de 1938, na prática uma semana antes) realizou-se um contínuo processo de reabilitação. Berio liberou a cerca de 100.000 prisioneiros de campos e prisões. Isto foi seguido pelos julgamentos contra os dirigentes do NKVD acusados de torturas e execuções extrajudiciais. (Thurston 128-9) SEGUNDA PARTE Durante a guerra 1. Quando estava a terminar a Segunda Guerra Mundial, Stalin e seus partidários no Politburo voltaram a tentar de novo afastar o partido bolchevique do controlo directo do governo soviético. Assim é como Yuri Zhukov descreve o sucedido: "Em janeiro de 1944 ..., pela primeira vez durante a guerra, foi convocado conjuntamente pelo Comitê Central e uma sessão do Soviet Supremo da URSS. Molotov e Malenkov prepararam um rascunho de um decreto do Comitê Central no que se apartaba legalmente ao Partido do poder. O partido manteria suas funções de agitação e propaganda, como também a escolha de quadros, ninguém poderia afasta-lo das tarefas próprias do jogo. O rascunho impedia o Partido intervir nas questões econômicas e no funcionamento dos órgãos do Estado. Stalin leu O rascunho, trocou seis palavras, e escreveu: "Conforme". O que aconteceu depois continua a ser um mistério ... Era essa uma nova tentativa de levar o papel do partido no Estado, retendo apenas as funções que realmente realizou durante a guerra. O rascunho tinha cinco assinatura: Molotov, Malenkov, Estaline, Khrushchev e Andreev. Não existe nenhum registro taquigráfico, por isso só podemos especular sobre o sentido do voto dos demais participantes da reunião. Nem nem mesmo o todo-poderoso Comitê Estadual de Defesa, com quatro membros do Politburo, foi capaz de mudar o estado das coisas. Isso mostra, mais uma vez, que Stalin nunca teve o poder que pressupõe tanto anti-stalinistas, como stalinistas. "(Zhukov, Kul'tovaia) (27) 2. Desconhecemos como se pensava distanciar o Partido das questões econômicas e do Estado. Provavelmente, estivesse previsto algum outro método para dotar os órgãos do estado de pessoal. Isso significaria uma volta às eleições como se especificaba na Constituição de 1936? 3. Independentemente das respostas a estas perguntas, parece claro que o Comitê Central, dominado pelos Primeiros-Secretários do Partido, rejeitou novamente os projetos do grupo de Stalin para mudar o sistema soviético. Em seu Relatório Secreto, Khruchev nega a realização deste Pleno! Já que a maioria dos membros do Comitê Central presentes na leitura do Relatório sabia que isso era mentira, pode ser que o objetivo desta mentira fosse deixar claro que esse perigoso movimento contra o seu poder estava formalmente enterrado. Depois da Guerra 4. Vimos que Stálin achava um problema, tanto para a União Soviética como o partido bolchevique, a situação de "duplo poder". O partido, no governo, era quem realmente comandava a sociedade. Cada vez mais, os funcionários deixavam de operações de gerir a produção para se dedicarem a controlar o poder através da supervisão. 5. Afastando o Partido do controlo directo do Estado irá alcançar-se vários objectivos: - Institucionalizaria-se a Constituição de 1936, reforçando os laços entre a população soviética eo Estado soviético. - Devolveria à direção dos órgãos estaduais para aqueles realmente qualificados. - Impediria que os níveis superiores do Partido se converteram em uma casta de parasitas e corruptos. 6. O Politburo reuniu-se, antes da guerra, pelo menos duas vezes por semana. Em maio de 1941, Estaline torna-se na cabeça oficial do Estado soviético, relevando a molotov no posto de Secretário do Conselho de Comissários do Povo (Sovnarkom), o órgão executivo oficial do governo da URSS. 7. Mas durante a guerra, a URSS não foi dirigido nem por este órgão nem pelo partido, mas sim pelo Comitê Estadual de Defesa, composta por Stalin e três de seus colaboradores mais próximos. Durante a guerra, o Comitê Central convocou apenas um pleno, enquanto que as reuniões do Politburo, não só durante a guerra, mas também terminada esta, era muito raro. Segundo Pyzhikov, "o Politburo, na prática, não exercia". O dissidente soviético Zhores Medvedev cuida que o Politburo se reuniu apenas 6 vezes em 1950, 5 em 1951 e 4 em 1952. (28) É dizer, Stlain distanciou o Politburo do controlo do Estado. (Pyzhikov, 100; Medvedev, Sekretnyi) 8. Parece que Stalin descuidava o seu papel como cabeça do partido. Os Plenos do Comitê Central foram distanciando-se cada vez mais no tempo. Em 13 anos, desde 1939 até 1952, não se convocou nenhum Congresso do Partido. Após a guerra, Estaline assinou decisões conjuntas do Partido e do governo simplesmente como Secretário do Conselho de Ministros (o renomado Conselho de Comissários Populares), delegando em algum dos outros Secretários do Partido, Zhdanov ou Malenkov, assinar em nome do partido. (Pyzhikov 100) 9. A autoridade do Partido continuava a ser grande. Se bem que, talvez, isso tenha sido apenas porque Estaline era ainda Secretário Geral do Partido. Era o único líder do bando aliado que permanecia em atividade após a guerra. Roosvelt morrera e Churchill havia perdido as eleições de 1945. Não exaxeramos se afirma que, entre os trabalhadores, Stalin era a pessoa mais conhecida e respeitada do mundo. O movimento comunista que ele encabeçava era a esperança de centenas de milhões de pessoas. A sua figura ainda se agrandou mais como conseqüência da vitória sobre o fascismo. O grande prestígio de Estaline como chefe de Estado, concedia autoridade para o conjunto da direção do partido. (Mukhin, Ubiystvo 622; Ch. 13) 10. As ações de Stalin sugerem que ainda tentava desalojar o Partido do controle sobre o Estado. Contudo, se isto foi assim, deveria fazê-lo com muitas precauções. Podemos deduzir as razões desta atitude cuidadosa: - A exposição de uma infundada falta de confiança no Partido significaria um péssimo exemplo para outros países do mundo, onde os Partidos Comunistas ainda não alcançar o poder. - Ele tinha contra ele ao Comitê Cental ea nomenclatura, como já acontecera antes da guerra. Eis as razões que explicaria a sua cautela, evitando no possível encontróns. O Projecto de Programa de Jogo de 1947 11. É provável que os projetos de democratização do grupo de Stalin fossem mais do que conhecemos hoje. Aleksander Pyzhikov, historiado anticomunista e antiestalinistas, citou interessantes seções de um esboço de programa do Partido datado de 1947, em que se impulsionava a democracia e do igualitarismo na URSS. Este fascisnante e totalmente desconhecido projeto nunca foi, evidentemente, publicado e não está à disposição de outros pesquisadores. 12. Estas são as citações de Pyzhikov: "O desenvolvimento da democracia socialista como base da construção de uma sociedade socialista sem classes converterá, cada vez mais, a ditadura do proletariado na ditadura do povo soviético. A participação cada vez maior de pessoas na direção dos assuntos estatais, o expandindo a consciência comunista e da cultura comunista na população, eo desenvolvimento da democracia socailista conduzir à progressiva extinção das formas de coação da ditadura do povo soviético, sendo substituída pela influência da opinião pública, estreitando-se cada vez mais as funções políticas do Estado, que ficaria como órgão de direção da vida econômica do país. " Pyzhikov resume assim outras partes deste documento inédito: "Particularmente, o rascunho tratava sobre o desenvolvimento da democratização da ordem soviética. Este projeto entendia como essencial a incorporação dos trabalhadores na direção do Estado, na atividade estatal e social diária sobre a base de um desenvolvimento estável do nível cultural das massas e uma simplificação máxima das funções de direção estadual. Na prática, estabelecia a unificação do trabalho produtivo com a participação na direção dos assuntos estatais, no caminho de conseguir a total direção do Estado por parte de toda a classe trabalhadora. Além disso, o projeto, apostaba pelo controlo directo por parte do povo da atividade legislativa. O caminho era o seguinte: a) Colocar em práctia o voto universal na tomada de decisões nas questões fundamentais da vida governamental, tanto na esfera social como econômica, bem como em questões relacionadas com a vida das condições de vida e ao desenvolvimento cultural. b) Ampliar a iniciativa legislativa em baixo, concedendo às organizações sociais o direito de apresentar propostas legislativas para o Soviete Supremo. c) Confirmar o direiro dos cidadãos e organizações sociais para apresentar propostas diretamente ao Soviete Supremo referidas as questões mais importantes da política nacional e internacional. Também se tinha em conta o modo de eleições de diretores. O projeto do programa do Partido apostaba, de acordo com o grau de desenvolvimento para o comunismo, pela eleição de todos os cargos do Estado, por mudanças no funcionamentos de uma série de órgãos estaduais para converter-nos em instituições responsáveis pela contabilidade e supervisão da economia. Para isso, o máximo desenvolvimento possível de organizações voluntárias e independentes foi considerado importante. Reforçou-se a importância da transformação comunista do conhecimento do povo, do desenvolvimento, sobre a base da democracia socialista, entre as massas populares da "cidadania socialista", do "Heroismo do trabalho" e do "valor do Exército Vermelho". 13.Continuando com Pyzhikov, Zhdanov informou sobre o trabalho da comissão de planejamento do Pleno do Comitê Central de fevreiro de 1947. Propôs concovar o XIX º Congresso do Partido, ou em finais de 1947 ou em 1948. Também deu a conhecer um plano para convocar uma conferência de jogo uma vez por ano, "com a renovação obrigatória" de não menos de uma sexta parte dos integrantes do Comitê Central anualmente. De levar-se adiante o projeto, e se a "renovação" provocar uma maior rotação dos membros do Comitê Central, isto conlevaria que os Primeiros-Secretários e outros líderes do partido no Comitê Central estivessem menos atrincheirados em seus cargos, abrindo as portas do órgão mais importante do partido os novos dirigentes, facilitando o exercício da crítica dos líderes do partido. (Pyzhikov 96) 14. Este valente projeto repete muitas das ideias do "murchamento do Estado" contidas na obra de Lênin O Estado ea Revolução, que por sua vez, reflecte as ideias de Marx e Engels sobre o tema. Propondo a participação democrática directa em todas as decisões estatais vitais do povo soviético e das suas organizações populares, e da "renovação"-ou pelo menos, a possibilidade de substituição-de não menos de uma sexta parte do Comité Central a cada ano através de uma conferência do Partido , o projeto desenvolvia a democracia em baixo tanto no Estado quanto no próprio partido. 15. Mas o projeto não saiu adiante. Como as anteriores propostas para a democratização do Estado soviético e do Partido, desconhecemos os detalhes de como aconteceu. Provavelmente foi rejeitado no Pleno do Comitê Central. O XIX º Congresso do Partido foi posposto até 1952. Também não sabemos a razão. A natureza do esboço do programa do partido faz-nos intuir que a posição contrária do Comitê Central-os Primeiros-Secretários-pode ter sido o motivo. (29)
O XIX º Congresso do Partido 16. Parece que Stalin e seus colaboradores fizeram um último esforço para afastar o partido do controlo directo do Estado no XIX º Congresso do Partido em 1952 e, no Pleno do Comitê Central, realizada pouco depois. Começando por Khruchev, a nomenclatura do partido tentou destruir toda a memória do Congresso. No período de Brezhnev, foram publicadas as transcrições de todos os congressos do partido até o XVIII º. O dia de hoje, ainda não foi publicada a transcrição do XIX º. Stalin fez um breve discurso no Congresso que se foi publicado, o que nunca foi publicado, salvo breves referências, foi o discurso de noventa minutos que dirigiu no posterior Pleno do Comitê Central. Ninguém tem a transcrição deste Pleno. (30) 17. Stalin convocou o Congresso para mudar o estado ea estrutura organizativa do partido. Entre aqueles alterações destacam-se: - O nome do partido, até então "Partido Comunista de Toda a União (bolchevique)", foi oficialmente mudado pelo de "Partido Comunista da União Soviética". A mudança ia na linha da maioria dos partidos comunistas do mundo, atando o jogo para o Estado. (31) - Um "Presidium" subtituiu ao Politburo do Comitê Central. Este nome também é utilizado em outros órgãos representativos, como, por exemplo, o Presidium do Soviet Supremo. Também foi removido o "político" do nome,-depois de tudo, "político" era todo o Partido, não só os dirigentes. 18. Esta mudança, não há dúvida, também sugere um órgão que governo só o partido, não Partido e Estado. O Politburo tinha sido um organismo composto por membros de diferentes Lugar: o Secretário do Conselho de Ministros (a cabeça do órgão executivo do Estado-isto é, a chefia do Estado), o Secretário do Presidium do Soviete Supremo (cabeça do corpo legislativo); o Secretário Geral do Partido (Stalin), um ou dois secretários do partido, e um ou dois ministros do governo. As decisões do Politburo afectava tando ao partido como ao Governo. 19. Portanto, em comparação com a posição praticamente suprema do Politburo do país, o papel do Presidium eram muito limitado. Já que nem o chefe de Estado nem o do Soviet Supremo tinham assentos reservados nele, o Presidium só era o órgão dirigente do Partido Comunista. 20. Houve mais alterações: - O posto de Secretário-geral (o do próprio Stalin) foi suprimido. Agora, Stalin era apenas um dos 10 Secretários do Jogo (32), todos com assento no novo Presidium, composto por 25 membros e 11 suplentes, quantidade muito maior que os 9 e 11 do antigo Politburo. A sua numerosa composição faziam dele um órgão deliberativo que mais exercício, impossibilitada para tomar decisões que se é executado rotina e rapidamente. - A maioria dos membros do Presidium parece ser que eram funcionários governamentais, mais do que líderes do partido. Khruchev e Malenkov perguntaron-se mais tarde como podia conhecer, ainda que fosse apenas de ouvidas, as pessoas que ele mesmo tinha sugerido para o Presidium, já que não eram líderes importantes do partido (isto é, não eram Sercretários do partido). Stalin nomeou-nos, provavelmente, por suas posições de liderança no Estado, em contraposição com a liderança do partido. (33) 21. Depois de demitir-se no XIX º Congresso do Partido, como Secretário Geral do Partido, Stalin propôs a sua renúncia, na reunião do Comité Central posterior a este Congresso, de seu posto neste órgão, mantendo-se apenas como Chefe de Estado (Secretário do Conselho de Ministros ). 22. Se Stalin não fazer parte do Comitê Central, mantendo apenas o posto de Chefe de Estado, os funcionários do governo não sentiria a necessidade de fazer um relatório ao Presidium, o órgão mais alto do partido. A renúncia de Stalin limitaria a autoridade dos Funcionários do Partido, cujo papel "supervisor" no Estado não seria necessário em termos produtivos. Se Stalin não estava à frente do partido, os líderes do Partido, a nomenclatura, perderia prestígio. Os militantes de base, já não se sentiria se obrigados a "eleger"-isto é, confirma-os candidatos recomendados pelos Primeiros-Secretários e do Comité Central. 23. Desde esta perspectiva, a demissão de Stalin do Comitê Central significaria um desastre para a nomelclatura, que se sentia protegida da crítica despiadada da base militante, por ser a "sombra de Stalin". Também significaria que, num futuro, só a gente mais capacitada permaneceria tanto na nomenclatura do partido, como na direção do Estado. 24. A carência de uma transcrição sugere que o que aconteceu no Pleno, incluindo as palavras de Josef Stalin, em seu discurso, não foi do agrado da nomenclatura que não quis que fossem públicas. Também indica, é importante acentuar-lo, que Stalin não era "todo-poderoso". Por exemplo, as sérias críticas de Stalin a Molotov e Mikoian durante o Pleno não foram publicadas até muito depois da sua morte. (34) 25. O reconhecido escritor soviético Konstantin Simonov, participante nesse Pleno como membro do Comitê Central, foi testemunha do sobresalto eo pânico de Makenkov quando Stalin propôs votar a sua saída do posto de Secretário do Comitê Central. (Simonov, 244-5) perante uma vociferante oposição, Stalin não insistiu. (35) 26. Enquanto tiveram chances, os comandantes do partido tomaram medidas para anular as decisões do XIX º Congresso. Em uma reunião no dia 2 de março de um Presidium reduzido (essencialmente os membros do velho Politburo), com Stalin, ainda vivo mas inconsciente, decidiram reduzir o Presidium de 25 a 10 membros. Basicamente era de novo o antigo Politburo. O número de Secretários do partido limitou-se outra vez a 5. Khruchev foi nomeado "coordenador" do secretariado e, cinco meso depois, "Primeiro Secretário. Finalmente, em 1966, o Presidium retomou o seu anterior nome do Politburo. 27. Durante o resto da história da URSS foi o partido que continua governando a sociedade soviética, formando os seus dirigentes uma elite corrupta e autoelexida, que autoampliaba os sues elitistas privilégios. Sob Gorbachov, esse grupo dirigente aboliu a União Soviética, ficando com a riqueza econômica eo comando político na nova sociedade capitalista. Aliás, isso significou a perda de poupanças e as avantaxes sociais da classe operária e do campesinato, cujo trabalho foi o responsável pela imensa riqueza colectiva criada na URSS. Esta mesma nomenclatura continua a dirigir os Estados postsoviéticos em nossos dias. Lavrentii Berio (36) 28. Berio é a figura mais difamada na história soviética, pelo que o novo julgamento histórico sobre a carreira de Berio, que começou repentinamente após a queda da União Soviética, ainda é mais intenso que a nova avaliação do papel de Stalin, tema principal deste artigo. 29. Os "Cem Dias" de Berio (realmente 112 dias, desde a morte de Stalin, em 5 de março de 1953 até a sua destituição de 26 de junho) testemunha o início de um grande número de reformas dramáticas. Se o comando soviético permitir que estas reformas se desenvolvessem completamente, a história da União Soviética, do Movimento Comunista Internacional, a Guerra Fria-isto é, a última metade do século XX-seria radicalmente diferente. 30. Todas as iniciativas de reforma de Berio merecem um estudo especial, e com algumas assim está passando, Pesi para que o governo russo impede o acesso às principais fontes primárias, inclusive a pesquisadores de confiança. Algumas dessas iniciativas seriam: - A reunificação da Alemanha como um Estado não-socialista, neutro, uma medida que seria muito popular entre os alemães, e claramente inoportuna para os aliados da NATO, incluindo os Estados Unidos. - A normalização das relações com a Iugoslávia, que prometeram abandonar a sua aliança com o Oeste para voltar ao Kominform. - Uma política sobre as nacionalidades oposta à "rusificación" das áreas recentemente anexadas do oeste da Ucrânia e dos Estados bálticos, juntamente com a política de tender a mão a alguns, pelo menos, grupos de nacionalistas na emigração. Uma reforma da política nas nacionalidades em outras áreas não russas, incluindo a Geórgia e Belarus. - Reabilitação e compensação para aqueles injustamente condenados por corpos judiciais especiais (as troikas e as "Comissões Especiais" do NKVD) durante os anos 30 e 40. Sob Berio este processo seria muito diferente de como foi realizado mais tarde sob Khruchev, que "reabilitou" a muitos que eram incuestionábelmente culpáveis. 31. Algumas reformas de Berio, efectuaram-se em grande parte, como: - Anistia para um milhão de presos por crimes contra o Estado. - Concluir a investigação do "Compl dos Médicos", junto com o reconhecimento de que as acusações tinham sido injustas, eo castigo aos funcionários do NKVD envolvidos, incluindo a destituição da Comissão Central de Kruglov, antiga cabeça do NKVD. (37) - Limitar o poder da "Comissão Especial" do NKVD para sentenciar as pessoas à morte ou a longas penas de prisão. - Em uma campanha não só contra o "culto" a Stalin, mas contra o "culto" a qualquer líder, proibir a exibição de retratos de líderes nos comícios. Esta sentença foi anulada pelo comando do partido pouco depois do afastamento de Berio. Os movimentos de Berio em prol de uma reforma democrática 32. Oficialmente, Berio foi detido por seus companheiros do Politburo e por alguns generais em 26 de junho de 1953. Mais detalhes desta suposta detenção são escuros, e existem versões antagônica. (38) De qualquer forma, durante o plenário do Comitê Central dedicado a acusar a Berio de vários delitos, em julho de 1953, Mikoyan afirmou: "Quando fez a sua apresentação na Praça Vermelha sobre o túmulo do camarada Stalin, depois de seu discurso, falei com ele:" Em seu discurso, há uma parte em que você garante a todos os cidadãos os direitos e liberdades previstos na Constituição. Até no discurso de um simples orador não deve haver nenhuma frase vazia, o discurso de um ministro de política interior, que é um programa de ação, deve ser cumprido ". Respondida-me:" Cumprirei-no ". (Berio 308-9; Mukhin 178) 33. Berio tenha dito algo que alarmara a Mikoyan. Aparentemente foi o fato de que, durante a parte fundamental de seu discurso na Praça Vermelha, e quando fazia referência à Constituição, Berio não mencionou o Partido Comunista, e só falou sobre o Governo soviético. Berio falou em segundo lugar, depois de Malenkov, uma demonstração pública de que ele era agora o segundo no comando do Estado soviético. O que Berio disse foi: "Os trabalhadores, os camponeses dos koljos e da intelectualidade do nosso país podem trabalhar pacificamente e com confiança, sabendo que o Governo soviético garante diligente e incansavelmente os seus direitos, tal como constam na Constituição de Estaline ... partir de agora, a política exterior do Governo soviético será a política leninista e estalinista de manutenção e reforço da paz ... "(Berio, Discurso) 34. Mukhin sugere a seguinte possível interpretação deste parágrafo:"A gente comum apenas compreendeu o sentido do que Berio tinha dito, mas para a nomenclatura do partido este era um duro golpe. Berio tinha a intenção de conduzir o país sem o Partido, isto é, sem eles, prometeu ao povo proteger os seus direitos , que não os outorgava o Partido como uma Constituição! " (Mukhin, 179) 35. Neste mesmo Pleno de junho de 1953, Khrushchev afirmou: "Lembremos como Rakosi (líder comunista húngaro) disse: quis saber o que é que decide o Conselho de Ministros e pelo Comitê Central, que tipo de divisão tem de existir ... Berio constestou tranqüilamente: Que Comité Central? Deixemos que decida o Conselho de Ministros e que o Comitê Central se ocupe das suas funções de quadros e propaganda. " (Berio 91) 36. Mais tarde, naquele mesmo Pleno, Lazaro Kaganovich ampliou o exposto por Khruchev: "O Partido para nós é o mais importante. Não se permite que ninguém fale como essa desvergoña (Berio), que disse: o Comitê Central (para) quadros e propaganda, não para a liderança política, não para dirigir toda a vida, como Nós, os bolcheviques, o entendemos. " (Berio 138) 37. Parece que estes homens cuidavam que Berio tentava desalojar o Partido do controlo directo do país. Isso era muito semelhante ao que Estaline e os seus colaboradores quiseram fazer durante as discussões constitucionais entre 1935 e 1937. Também aparece esta ideia no esboço do programa do partido de 1947, na restruturación que Stalin fez no XIX º Congresso e no imediato Pleno do Comitê Central. 38. Serge, filho de Berio, afirma que seu pai e Stalin estiveram de acordo na necessidade de afastar o Partido da direcção directa da soceidade soviética. "As relações de meu pai com os órgãos do partido foram complicadas ... jamais agachou as suas críticas ao aparelho do Partido. Por exemplo, disse-lhes directamente a Khruchev e Malenkov que o aparelho do Partido corrompia as pessoas. Era necessário anos antes, quando o Estado soviético acabava de formar-se. Mas, meu pai perguntaba-lhes: "Quem precisa hoje desses drivers?. Tinha este tipo de conversas francas com diretores de indústrias e fábricas para todos aqueles que, evidentemente, não lhes importava nada os inúteis do Comitê Central. Meu pai era igual de sincero com Stalin. Joseph Vissarionovich estava de acordo em que o aparelho do partido se remover a si mesmo de responsabilidades em matérias específicas e não tinha nada a fazer exceto parolar. Sei que um ano antes da sua morte, quando trazia o novo desenho do Presidium do Comitê Central, Stalin tinha dado um discurso centrado na necessidade de encontrar novas formas de conduzir o país, já que os velhos caminhos não eram os melhores. Começou então uma viva discussão sobre a actividade do partido ". (Serge Berio, moy Otets Lavrentii Berio) 39. A restruturación planeada por Berio das relações entre o Estado eo partido, provavelmente seria muito bem recebida pelos militantes de base, por não falar da maioria dos cidadãos soviéticos não militantes. Mas constitui uma grande ameaça para a nomenclatura. 40. Mukhin explica-o assim: "Berio não renunciou a convencer as pessoas de que o país devia ser governada, em todo o território, pelos sovietes, como recolhia a Constituição, e que o partido tinha que ser um órgão ideológico que, meiante a propaganda, ajudaria a garantir que todos os sovietes fossem comunistas. Berio propôs levar à prática o autêntico espírito da Constituição recolhido na lenda: "Todo o poder aos sovietes!" Enquanto Berio trabalhem exclusivamente na esfera de idéias, estas poderiam ser desagradáveis para a nomenclatura, mas não perigosas. já que eles tinham o poder, podiam escolher delegados para o Soviete Supremo instruídos de tal modo que imposibilitasen a colocação em prática das idéias de Berio. Mas, e se Berio não permitisse aos Secretários e ao Comitê Central conduzir as eleições ea sessão do Soviete Supremo, que decicións poderiam tomar os deputados? "(Ubiystvo 363-4) 41. Evidentemente, isso enfrentava a Berio com a maioria da nomenclatura do partido. (Ubiystvo 380) Khruchev representava o interesse do grupo ou, pelo menos, uma parte grande e ativa do mesmo. E Khruchev tinha um conceito completamente diferente da "democracia". O famoso diretor de cinema Mikhail Romme registrou as palavras de Khruchev numa reunião com intelectuais: "Claro que vos ouvimos, e falamos com eles. Mas quem decide? No nosso país é o povo quem tem que decidir. E quem é o povo? É o jogo. E quem é o Partido? Nós somos o partido. Isto significa que nós decidir. Decidirei eu. entendido? " (Alikhanov) 42. Como Mukhin disse: "o partido, como uma organização de milhões de comunistas, havia chegado ao seu fim. O grupo de pessoas em seu cume transformou-se no Partido". (Mukhin, Ubiystvo 494)
Mortes de Estaline e Berio 43. Para além da misteriosa circunstâncias da morte de Berio, há provas suficientes para considerar que a Stalin o deixaram morrer jogado no chão de seu escritório depois de ser atingido ou, talvez, até envenenado. Você não tem tempo ou espaço para resumir esta questão aqui. 44. Porém, não é necessário para os objetivos deste trabalho. A enorme circulação e credibilidade destas suposições entre russos de todo o espectro político mostra que muitos russos cuidam que as mortes de Estaline e Berio convinha muito à nomenclatura. Estas provas, independente de outras que possam indicar que foram mortos, demonstram que tanto Stalin como Berio queria uma perestroika comunista, uma "restruturación", ainda que política, não econômica, do poder, em vez da superexplotación capitalista e da estafa que padece o país sob aquele nome em finais dos anos 80. 45. O resultado imediato dos fracassos de Stalin e Berio na democratização foi que a URSS ficou nas mãos dos líderes do partido. Não chegou à democracia operária na União Soviética. A nomenclatura do partido continuou a monopolizar o controle das questões chaves, até mesmo no Estado e na economia, desenvolvendo uma elite parasitárias e explotadora, com fortes semelhanças com os seus homólogos dos países abertamente capitalistas. 46. Realmente, esse elite continua hoje no poder. Gorbachov, Iéltsin, Putin, eo resto dos líderes da Rússia e das antigas repúblicas soviéticas são todos antigos membros da direcção do Partido. Durante muito tempo, espremer os cidadãos da União Soviética como funcionários superprivilexiados. Com Gorbachov, foram eles que dirigiram a privatização de toda a propriedade coletiva, que pertencia à classe operária da URSS, empobrecendo não só aos trabalhadores, mas também à vasta classe meia. Este processo foi qualificado como a maior expropriação na história do mundo. (39) (The Party nomenklatura destroyed the Soviet Union. Bivens & Bernstein, O'Meara, Williamson) 47. Para ocultar o seu protagonismo nas execuções em massa dos anos 30, os seus sucessos em frustrar as tentativas democratizadoras de Stalin, as suas negativas a pôr em prática as reformas de Stalin e Berio-isto é, esconder a sua recusa a democratizar a União Soviética - Khruchev e os líderes do Partido culparon a Stalin, de todo, mentindo sobre a existência de conspirações sérias na URSS dos anos 30, e agachando o seu papel nas execuções em massa que se seguiram. 48. O "discurso secreto" de Khruchev foi o maior golpe contra o movimento comunista mundial na história. Estimulou os anticomunistas de todo o mundo, que decidiram que uma vez havia um líder comunista em que poder confiar. Os documentos que viram a luz após a queda da URSS demonstram que praticamente todas as acusações de Khruchev contra Stalin eram mentira. Esta evidência, por sua vez, obriga-nos a investigar as verdadeiras motivações do ataque de Khruchev a Stalin. (40) Os investigadores russos demonstraram uma vez que os cargos "oficiais" contra Berio, citados por Khruchev e seus seguidores na direção soviética, são falsos ou não têm absolutamente de provas. Berio foi assassinado judicialmente por razões que os seus executores jamais revelaram. Os montes de mentiras que ocultar estes acontecimentos fazem com que tenhamos que nos perguntar: O que realmente acontecendo? O presente texto quer ser uma resposta. Conclusão e futura pesquisa 49. Uma vez que Stalin acreditava na participação de vários partidos em seu projeto de eleições, que tipo de democracia seria essa? As perguntas sobre a democracia tem que começar com outra pergunta: "O que se entende por democracia?". 50. No mundo capitalista industrializado "democracia" equivale a um sistema em que os partidos políticos competem em eleições, mas em que todos os partidos políticos são controlados pelas elites ricas e autoritárias. Também não esta "democracia" permite mudar o sistema econômico capitalista, por outro alternativo. Esta "democracia" é uma criação da classe capitalista dirigente. É dizer, essa "democracia" é "falta de democracia". 51. Seriam factíbeis eleições em que participaram cidadãos e grupos de cidadãos dentro dos limites que significa aceitar o poder dirigente da classe operária? Podem funcionar em uma futura sociedade socialista? Qual é o papel da "democracia representativa", isto é, das eleições, em uma sociedade que busca acabar com as classes sociais? Como esta aposta recomendada na Constituição de 1936 nunca foi levada à prática, não podemos saber quais seriam os aspectos positivos e negativos da mesma. Marx e Engels fizeram importantes análises sobre a natureza da democracia proletária, baseando-se no estudo da prática da Comuna de Paris. É uma pena que não conta com uma experiência de eleições abertas na União Soviética na época de Stalin. Poderíamos aprender muito das fraquezas e das avantaxes deste sistema. 52. Os estudos fundamentados pelo anticomunismo continuarão dando folgos para o velho e falso, ainda que não suficientemente desacreditado, paradigma Khrushchev / Guerra Fria / Antiestalinismo. Mas o processo de reinterpretar a história da União Soviética à luz dos documentos anteriormente secretos soviéticos começou há muito tempo na Rússia. Chegará em breve a outras partes do mundo. O principal objetivo deste estudo é o de introduzir a outros nesta nova interpretação. 53. Há um aspecto que surprenderá a quase todos os leitores. Por causa do "culto à personalidade", a adulación à figura de Stalin, fomos condicionados para ver em Stálin um "ditador todo-poderoso". Essa mentira fundamental no paradigma histórico Krushchev / Guerra Fria, feita pedaços pela investigação que apresento neste ensaio, deformou fatalmente a nossa compreensão da história soviética. De fato, Stalin nunca foi "todo-poderoso". Foi limitado pelos esforços combinados de outros líderes do partido. Nunca foi capaz de atingir o seu objectivo de reformas constitucionais. Também não podia controlar os Primeiros-Secretários e ao NKVD. 54. O "culto" agachou estas lutas políticas. As transcrições do Pleno do Comitê Central mostram que, apesar de por vezes os líderes bolcheviques discrepaban abertamente com Stalin, isto acontecou em raras ocasiões. As disputas políticas não eram tratadas abertamente até corrigi-las, mas sim de outros modos, como foi o caso dos primeiros Secretários em julho de 1937. Outras vezes utilizavam-se métodos policiais, interpretando o desacordo político como uma oposição hostil. 55. Independentemente do mecanismo de resolução das divergências, o resultado do "culto" foi um autoritarismo profundamente antidemocrático. Stalin parece ser um dos poucos líderes soviéticos em compreender isso. Ao longo da sua vida condenou o "culto" em muitas ocasiões. (41) No entanto, nunca se deu conta da intensidade do dano que podia causar. 56. As conclusões às quais chegamos, quase exclusivamente sobre a base de outras investigações, sugerem novos temas importantes para uma investigação adicional. Que forma pode tomar a "democracia" em uma sociedade socialista que tem como objetivo alcançar uma sociedade sem classes? Um modelo como o previsto por Stalin na Constituição de 1936, democratizando a União Soviética e restaurando o papel original do partido bolchevique, como uma organização de revolucionários, cujo principal trabalho é conduzir o país ao comunismo? Ou esse modelo já incorpora aspectos capitalistas da democracia burguesa que acelerarian, em vez de impedia-lo, a evolução da URSS para o capitalismo? - Qual é o papel apropriado de um partido comunista em uma sociedade desse tipo? Quais são as formas específicas da direção Police compatíveis com a posse do poder democrático pela classe operária? Que formas de direção política e econômica é antagônica a esses objetivos? 57. Uma vez que perguntas se as eleições eo governo "representativo" o suficiente para expressar os interesses dos trabalhadores e camponeses, vemos que a Constituição de 1936, de levar-se à prática, também não seria suficiente. Isto leva-nos a pensar que a "solução" também não passa por fortalecer o Estado e enfraquecer o partido-e parece que foi isso o que pensaram Stalin e Berio. Os marxistas acredito que o Estado é dirigido por uma classe ou de outra, por isso, se uma nova classe dirigente proveniente das camadas superiores do partido, ou de alguma outra parte da sociedade, governar e mudar o estado para fazer este novo poder mais efetivo. Isso sugere que a diferença entre partido e Estado é artificial e enganosa, e deve ser suprimida. O termo burocratismo, ou burocracia, enquanto aponta para um problema, ocultar outros. Sugere que as questões expostas anteriormente-sobre a democracia eo papel do partido-devem levar-nos a usar modos mais materialista de pensar as relações, em uma sociedade socialista, entre a parte organizada e politicamente mais consciente, e menos organizada ou menos consiente politicamente que representa a maioria produtiva. Os bolcheviques geralmente, e Stalin, expressamente, faziam uma grande distinção entre a preparação política e capacidade técnica e educação. Mas eles nunca estudaram suficientemente a contradição entre "militante" e "técnico", como se fez durante a Revolução Cultural chinesa. A ideia foi partilhada por quase todos os socialistas de que se podia separar a supervisão política do conhecimento técnico e da produção, reflete, em parte, a noção errada de que a ciência-a-técnico e politicamente neutro, e de que uma produção económica eficaz, já era politicamente de esquerda ou comunista. A contradição entre Estado-partido e abaixo desta. O que significa "democracia interna" no contexto de um partido comunista? Na URSS, muitas das forças de oposição, cujos pontos de vista foram derrotados nas conferências e congressos do partido durante os anos 20, asiron o caminho das conspirações que, em seu último termo, buscavam o assassinato de dirigentes do Partido, golpes de Estado e colaborações , através de atividades de espionagem, com as potências capitalistas inimigas. Ao mesmo tempo, líderes regionais do Partido desenvolveram hábitos ditatoriais que, por um lado, os separava da militância do partido (e, claro, da população não comunista, que era muito mais numerosa), e por outro lado, garantia privilégios materiais. 58. As avantaxes materiais dos altos cargos do partido tiveram que jogar um importante papel, até mesmo decisivo, no desenvolvimento do que se conhece como nomenclatura. Igualmente, o evidente objetivo de Stalin, de afastar o partido do comando direto e devolvê-lo às operações de "agitação e propaganda" poderia sugerir a tomada em consideração desta contradição por parte de Estaline e, talvez, também por outros dirigentes. Até que ponto as grandes diferenças salariais eram essenciais para estimular a industrialização da URSS? E se essas diferenças fossem essenciais, foi um erro permitir aceder a privilégios materiais a membros do Partido (paga alta, melhor alojamento, lojas especiais, etc.? O contexto político em que se tomaram essas decisões, no final dos anos 20 e começo dos 30 , deve ser estudado com mais detimento. Os debates, que tiveram lugar no início dos anos 30 e que por agora ainda não estão disponíveis, referidos ao salário máximo de membros do Partido, têm de ser descobertos e estudados. 59. Parece que Zhukov e Mukhin pensaram que a tática, que eles atribuem a Stalin e Berio, de afastar os líderes do Partido da direção do Estado, era a melhor para impedir a degeneração do partido. Como sugiro acima, talvez a verdadeira causa da degeneração do jogo foi a defesa de seus privilégios, mais do que a contradição "militante-técnico". 60. Pensava-se, naturalmente, a necessidade de incentivos materiais, primeiro, para recrutar técnicos para construir a base industrial da URSS, peritos em seu trabalho mais burgueses, anticomunistas e inimigos da classe operária. Partindo disto, podemos argumentar que os altos salários foram necessários para animar os técnicos especialistas (incluindo trabalhadores experientes) a que se afiliasen ao partido bolchevique, ou para trabalhar duro em condições adversas, muitas vezes perigosas para a saúde, e sacrificando a vida familiar. Isso serviria para justificar as desigualdades semelhantes às do mundo capitalista. 61. Talvez Stalin e Berio pensaram devolvendo ao partido a uma função puramente política, poderiam impedir a sua degeneração. Uma vez que esta estratégia nunca se levou à prática, não podemos sabê-lo. Mas suspeito que a questão dos "incentivos materiais", isto é, desigualdade econômica, é fundamental. Nas conversas com Félix Chuev, um idoso Molotov reflete sobre a necessidade de uma cada vez maior igualitarismo, preocupando-se pelo futuro do socialismo na União Soviética por causa do crescimento das desigualdades. Molotov não via as raízes desta desigualdade nos tempos de Lênin e Stalin. De fato, Molotov, como Estaline, era incapaz de analisar criticamente o legado de Lenin, embora a idéia de manter e ampliar algumas desigualdades, a fim de estimular a produção, podemos encontrá-la em Lênin e, indo mais atrás, no Marx da Crítica ao Programa de Gota. 62. As perguntas que um se torna inevitavelmente reflectem as preocupações próprias, eo meu caso não é uma exceção. Acredito que a história do partido bolchevique durante a etapa de Stalin-uma história terxiversada pelas mentiras anticomunistas e ainda ter que ser escrita-tem muito a ensinar às futuras geração. Os ativistas políticos que estudam o passado para guiar-se, ou os pesquisadores com consciência política que entendem que as suas melhores contribuições para um futuro melhor passam pelo estudo das lutas do passado, têm muito que aprender da história da União Soviética. 63. Como marinheiros do medievo com mapas mais imaginários que reais, nós fomos enganados por histórias canônicas sobre a URSS, a maior parte delas falsas. O processo de descobrir a história real da primeira experiência socialista acaba de encetar. Como você pode perceber qualquer leitor deste ensaio, eu acho que isto é de uma enorme importância para o futuro. Notas 1. A versão de Trotsky da história soviética antecedeu à de Khruchev, entallando-se com esta última como uma espécie de versão "esquerdista", apesar da sua falta de prestígio fora dos círculos trotkistas. Tanto uma como outra, dão uma imagem extremamente negativa de Stalin, o termo "demonizar" não é exagerado. Sobre Trotsky, consultar McNeal. 2. O difundido uso do termo "terrorismo" para adjetivar o período da história soviética que vai desde meados de 1937 até 1939-40 pode dever-se a uma aceitação acrítica do tendenciosas e pouco fiável trabalho de 1938: O Grande Terror. O termo é tão inexatos como polêmico. Ver "Fear and Belief in the URSS's Grande Terror: Response a prisão, 1935-1939", Slavic Reviw 45 (1986), 213-214. Ver também "Social Dimensions of stalinista Rule: Humor and Terror in the USSR, 1935-1941", de Thurston no Journal of Social History 24, n º 3 (1991) 541-562; Life and Terror Ch. 5, 137-163. 3. O pensamento marxista-leninista rejeita a "democracia representativa" capitalista por constituir essencialmente uma cortina de fumaça para o controle das elites. Muitos pensadores políticos não-marxistas acreditam nisto. Por exemplo, Lewis H. Lapham (editor da Harper's Magazine), "Lights, Camera, Democracy! On the conventions of a make-believe República", Harper's Magazine, agosto de 1996, 33-38. 4. Citado por Yuri Zhukov em Zhupel Stalin, Komsomolskaia Pravda, 5 de novembro de 2002. O professor Getty confirmou-me este ponto em um e-mail. 5. O nome do partido em 1952 passou a ser Partido Comunista da União Soviética. 6. Yenukidze, um velho revolucionário, georgiano e amigo de Stalin, ocupou durante muito tempo uma posição proeminente no governo soviético, e nunca foi relacionado a nenhum dos grupos de oposição dos anos 20. Nesta época ele estava no comando da Guarda do Kremlin. Aos poucos meses, foi um dos primeiros a ser denunciado como membro de um plano para um "golpe de mão" contra a liderança de Stalin. Zhukov (KP, 14 de Novembro de 2002) indica que isso deve ter irritar profundamente a Stalin. 7. A II Parte, Capítulo 3, Artigo 9 da Constituição soviética de 1924, vigente neste momento, conceder aos habitantes das cidades uma elevadíssima influência social: um delegado soviético por cada 25.000 eleitores urbanos, e um delegado por cada 125.000 eleitores do campo. Isso concordavam com o superior apoio aos socialismo dos operários, e com o conceito marxista do Estado como ditadura do proletariado. 8. Isso, de fato, não é uma lei, mas sim "uma decisão do Comité Executivo, eo Conselho de Comissários Populares", e, portanto, das áreas legislativa e executiva do governo. O fato de que se chama "lei", inclusive no âmbito acadêmico, demonstra que a maioria dos que se referem a ela nem sequer a leron. Está impresso em Tragediia Sovetskoy Derevni. Dollektivizatsiia I Raskulachivanie. Documenty I materiały. 1927-1939. Tomo 3. Konets 1930-1933 (Moscou: ROSSPEN, 2001), N º 160, pp. 453-4, e em Sobranie zakonov i rasporiazhenii Raboche-Krest'ianskogo Pravitel 'SSSR, chast' I, 1932, pp. 583-584. Os meus agradecimentos a Rittersporn por esta última prévia. 9. Para reconstruir a economia o mais rapidamente possível após a devastação da guerra civil ea conseqüente fome, os bolcheviques permitiram certa atividade do capital e favoreceram alguns negócios privados, sempre sob controlo governamental. É o que é conhecido como Nova Política Econômica (NEP). 10. Stalin "Informe o XVII º Congresso do Partido" 704, 705, 706, 716, 728, 733, 752, 753, 754, 756, 758. 11. Isso não é de conhecimento geral, e seu significado é raramente compreendido. A nossa opinião sobre Stalin, foi moldado por aqueles que o odiaron (McNeal 87). Estaline foi um excelente aluno no Seminário de Iblisi (Geórgia), onde foi enviado por sua mãe. Adicando a sua vida desde a sua adolescência ao movimento revolucionário da classe operária, nunca teve oportunidades para uma educação superior, ainda que era muito inteligente e um grande leitor cujo aprendizado ia desde a filosofia até questões técnicas como a metalurgia. Os registros da época, testemunham o seu profundo conhecimento de muitas áreas técnicas. Um acadêmico russo que estudou a biblioteca de Stalin, dá umas cifras impressionantes: 20.000 volumes em sua casa após a guerra, muitos dos 5.500 levados para o Instituto de Marxismo-Leninismo estão sublinhado e apresentam anotações (Ilizarov). Roy Medvedev, que odeia a Stalin, vê-se na obrigação de admitir as consideráveis leituras de Stalin (Medvedev, Lichnaia). Muitos dos colaboradores que escolheu reflectem esta mesma inclinação para a superação pessoal. Sergei Kirov, o líder do Partido em Leningrado e estreito aliado de Stalin, que foi assassinado em 1934, destacou-se pelas suas amplas leituras literárias (Kirlina 175). "Quando Kirov foi assassinado, os pesquisadores fotografaron tudo o que ajudará a investigação, incluindo a superfície de uma mesa de trabalho. À direita havia um manual de engenharia de Hutt, na esquerda, um monte de publicações científicas e técnicas, lendo-se no título acima "Combustível Shale". Efectivamente, era muito vasta a rede de interesses do trabalhador do Partido, como acontecia com Stalin ". (Mukhin Ubiystvo 625) Em 1924, Lavrenty Berio, após vários anos de trabalho revolucionário clandestino e muito perigoso, como por exemplo a infiltração de grupos violentos anticomunistas caucásicos, escreveu o seu currículo no jogo. O propósito de enumerar os seus méritos era para uma petição, mas não para um trabalho confortável, como pedia a maioria dos "velhos bolcheviques", mas para que o mesmo seja permitisse voltar aos estudos de engenharia e poder contribuir para a construção de uma sociedade comunista. (Berio: Konets Kar'ery, 320-325) 12. Thurston, nos Capítulos 2, 3 e 4, é o melhor resumo, nos primeiros anos 90, as provas relacionadas com os julgamentos de Moscou. Este artigo não tratará diretamente desses julgamentos, nem do julgamento e execução do marechal Tukhachevsky e outros líderes militares em junho de 1937, ou verbo das relações entre todas as conspirações anti-soviética nesses julgamentos citados. Como aclaran os documentos dos arquivos soviéticos, Stalin e outros dirigentes soviéticos estavam convencidos de que as conspirações existiam, e de que as acusações nos julgamentos de Moscou, incluindo aquelas contra líderes militares, era, pelo menos na sua maior parte, atinadas. 13. Getty ressalta que os membros do Comitê Central se negaram a responder o discurso de Zhdanov, trasladando a confusão ao secretário Andreev. ( "Excesso" 124) Zhukov enfatiza menos neste ponto, já que Eikhe e outros Primeiros Secretários respostaron na próxima sessão, destacando a luta contra "o inimigo". (Inoy 345) 14. Para a resolução, ver Zhukov, Inoy 362-3; Stalin, Zakliuchitel'noe. Como a resolução, que permanece inédita, o discurso de Stalin, apenas menciona o tema dos "inimigos". Stalin insiste em que há "gente muito aprezabel" entre os antigos trotskistas, e nomeia especificamente a Félix Dzerzhinsky. 15. Este volume (Genrikh Yagoda) consiste essencialmente em interrogatórios efectuados a Yagoda e ao seu círculo, e na confissão de Yagoda de participar de uma conspiração para dar um golpe contra o governo soviético, a liderança de Trotsky nesta conspiração e, pelo geral, tudo o que confessou Yagoda no julgamento de 1938. Não há indícios que ponham em dúvida a autenticidade das confissões. Os editores do volume negam a exatitue dos fatos citados nos interrogatórios, definindo-os como "falsos". Mas não proporcionam prova alguma de sua afirmação. Jansen e Petrov, P. 226 n.9, apesar de o seu anti-stalinismo, citam este volume como prova e sem nenhum comentário. Dão-se boas provas, ainda, de que assim foi, na realidade, que as conspirações existem, que as confissões nos julgamentos públicos não foram forçadas, e que as princiapis acusações eram certas. Outro vasto volume de documentos primários publicado em 2004 contém um grande número de relatórios do NKVD sobre conspirações e textos de interrogatórios (ver Lubianka). A explicação mais provável da existência do volume de evidências é que alguma, pelo menos, é certa. 16. Com o klubok ( "enredo") pelos pesquisadores do NKVD da época e pelos historiadores russos atuais. 17. Não foi publicada a transcrição do Pleno de junho de 1937. Alguns autores afirmam que não se conservou nenhuma. Porém, Zhukov menciona extensamente algumas transcrições arquivadas não acesíbeis outros. 18. A ordem de estabelecer uma troika na região do oeste siberiano de Eikhe existe. O pedido de Eihke não foi encontrado, mas deveria existir, já tinha sido verbal ou por escrito. Vez Zhukov, "Repressii" 23, n. 60; Getty, "Excesso" 127, n. 64. 19. Getty, Excesso 131-134 comenta algumas estatísticas. Ver Ordem N º 00447. 20. A cédulas de amostras reproduz-se em Zhukov; Inoy, 6 º ilustração. 21. Ainda em 1 º de fevreiro de 1936, menos de quatro semanas antes de seu discurso secreto no XX º Congresso do Partido, Khruchev definia a Yezhov como "inocente, sem nenhuma dúvida, um homem honrado". Reabilitatsia: Kak Eto Bylo. Mart 1953-Febral '1956 (Moscou, 2000), p. 308. 22. A sua demissão não foi formalmente aceite a 25 de novembro de 1938; ver Lubianka n º 344 e 364. 23. Khruchev reclamou "executar a 20.000" pessoas, Zhukov, KP 3 Dec. 02. Os comentários críticos de Yakovlev sobre as expulsões em massa de Khruchev são citados acima. Eikhe foi preso em outubro de 1938, julgado, acusado, condenado e executado em fevreiro de 1940. Segundo Khruchev, Eikhe rejeita a sua confissão, afirmando que havia sido obtida depois de ser espancado ou torturado. As análises de Zhukov aponta para que o verdadeiro motivo da sorte de Eikhe foi o seu papel dirigente nas execuções em massa de 1937-1938. Ver Jansen e Petrov, 91-2. O Politburo e do Pleno do Comitê Central de janeiro de 1938 começaram a atacar os Secretários do Partido que reprimir a membros qualificados do Partido. (Getty, Origins 187. O registro completo da pesquisa sobre Eikhe eo julgamento ainda estão classificados. O desejo de desviar a atenção e as culpas próprias e dos Primeiros Secretários, foi um dos alvos das mentiras contidas em seu "relatório secreto". 24. Getty ( "Excesso" 132) cita evidências de que 236.000 execuções foram autorizadas pela "mosca", querendo significar a direção estaliniana, mas mais de 160% dessa cifra, 387.000 pessoas foram executadas por autoridades regionais. 25. No julgamento de Moscou de 1938, Yagoda confessou a sua participação na conspiração para um golpe de Estado contra o governo soviético, delatou os assassinos de Máximo Gorki e de seu filho, e outros crimes, mas negou com rotundidade a acusação do procurador de espionagem. O fato de manter-se a acusação de espionagem de um anos após a detenção de Yagoda, demonstra, como pouco, que o Governo soviético pensou que ele possa ter dado informações a um governo inimigo (Alemanha, Japão, Polónia). Como número um do Ministério do Interior, incluindo a polícia secreta e de fronteiras, Yagoda teve a oportunidade de causar um prejuízo incalculável para a segurança soviética no caso de dar informações a governos estrangeiros. 26. Thurston tem a melhor discussão em língua inglesa sobre isso, em Life and Terror 128. 27. O texto completo da resolução está em Zhukov, Stalin. Ver também a posição mais cedo de Zhukov em Tayny 270-276, onde também se pode reproduzir o texto. 28. Uma outra leitura dos arquivos sugere que os números puderam ser 6, 6 e 5. Ver Khlevniuk O., et al. eds, Politburo TsK VKP (b) i Sovet Ministrov SSSR 1945-1953. Moscou: ROSSPEN, 2002, 428-431. 29. Pyzhikov atribui esta tensão democrática aos Leningradenses, especialmente a Voznesensky. (Ver também o artigo "NA Voznesenski" em http://www.akdi.ru/id/new/ek5.htm) Isso implicaria também o apoio de Zhdanov, Pesi para que este apoio não "encaixar" com a teoria de Pyzhikov sobre as forças em prol do capitalismo-Voznesensky e seus colegas "Leningradenses" - fossem as mais "democráticas". Nem por que não foi aprovado o rascunho se os "Leningradenses" se mantiveram fortes até 1947. Isso também não indica, nem muito menos demonstra, nenhuma conexão necessária entre a conhecida orientação capitalista e consumista de Voznesensky ea democracia política. Por fim, não indica que Stalin não a apoiou. 30. Segundo Zhores Medvedev, o arquivo pessoal de Stalin foi destruído imediatamente após a sua morte (Medvedev, Sekretnyi). Se for assim, é razoável pensar, como faz Mukhin (Ubiystvo 612), que algumas das suas ideias tiveram de ser consideradas muito perigosas, e, entre elas, as expressas nestas duas reuniões. A minha análise vai lá, depois continua a de Mukhin, Ch. 13 e Medvedev, op. cit. 31. Provavelmente foi pensado como uma medida de unificação. Cada uma das repúblicas que formavam a União Soviética manteve o seu próprio partido: o Partido Comunista da Ucrânia, da Geórgia, etc. Isso levou alguns líderes do partido a pensar que a Rússia, a maior das repúblicas, mas que não tinha nenhum partido "de seu", estava em desavantaxe. Parece que um dos cargos mais sérios contra os líderes do Partido julgados e executados no "Título de Leningrado", durante a pós-guerra foi de planejar constituir um partido russo e mudar a capital da República russa (não a da URSS) a Leninegrado . Possivelmente isto faria a Rússia ainda mais poderosa, exacerbando o chauvinismo russo, quando o que se necessitava nesse momento, era buscar a unidade das diversas repúblicas. Ver David Brandenberger, "Stalin, o Leningrad Affair, and The Limits of Postwar Russocentrism", Russian Review 63 (2004), 241-255. 32. O posto de "primeiro-secretário" foi criado por Khrushchev após a morte de Stalin. 33. Citado em Mukhin, Ubiystvo 617. 34. A publicação mais antiga que encontrei está no jornal de esquerda Sovetskaia Rossiia de 13 de janeiro de 2000, em http://www.kprf.ru/analytics/10828.shtml, em inglês, em http://www.northstarcompass.org / nsc0004/stal1952.htm. 35. Mukhin eu acho que foi um grave erro. Defende que o interesse da nomenclatura era que Stalin havia morrido sendo ainda Secretário do Comité Central (apesar de não ser já "Secretário-geral") e Chefe de Estado-isto é, enquanto ele reunia os cargos de cabeça do partido e do país. Desta forma, seria mais fácil que o seu sucessor como Secretário do Comitê Central fosse aceita pelo país e pelo governo também como Chefe de Estado. Se isto foi assim, a tentativa de desalojar à nomenclatura do controlo directo do país seria o fim. (Mukhin, Ubiystvo, 604 & Ch. 13) 36. Para as reformas de Berio, tanto levadas a cabo como apenas propostas, utilicei os trabalhos de Kokurin e Pozhalov, Starkov, Knight, e Mukhin, Ubiystvo. Todos os livros mais recentes sobre Berio citados na bibliografia abordando também o tema. 37. Em seu "Discurso Secreto", Khruchev também qualificam o "Compl dos Médicos" de fraude. Mas teve o Descartes de culpar a Berio, que de fato havia sido quem tinha começado a pesquisa, enquanto eloxiaba a Kruglov, chefe do NKVD responsável deste complóe, a quem Khruchev restaurou no Comitê Central, e que estava presente enquanto falava Khruchev. 38. Há provas de suficiente para sugerir que Berio foi assassinado o dia da sua detenção. O seu filho Serge Berio, nas suas memórias, escreve que os funcionários lhe disseram que seu pai não estava presente durante o julgamento. Mukhin afirma que Baybakov, o único membro vivo do Comité Central de 1953, lhe disse que Berio estava morto já na altura do Pleno de julho de 1953, mas seus membros ainda não so sabia (Serge Berio; Mukhin, Ubiystvo 375). Amy Knight, p.220, relata que Khruchev disse duas vezes que Berio tinha sido assassinado no dia 26 de junho de 1953, mudando depois a sua versão. Suspeita-se que os documentos do julgamento de Berio foram "roubados" do seu arquivo, por isso, nem a sua existência pode ser verificada (Khinshtein 2003). Porém, alguns pesquisadores, como Andrei Sukhomlinov (pp. 61-2), não consideram convincentes as provas sobre o assassinato de Berio. 39. A expressão "o maior roubo da história", é amplamente utilizada para descrever a "privatização" da riqueza criada e possuída coletivamente na URSS. Podemos ver alguns exemplos em: "The Russian Oligarchy: Welcome to the Real World," The Russian Journal, 17 de março de 2003, em http://www.russiajournal.com/news/cnews-article.shtml?nd = 36013; Raymond Baker, Centre for International Policy, "A Clear and Present Danger", Australian Broadcasting Corp, 2003, em http://www.abc.net.au/4corners/stories/s296563.htm. 40. Desde novembro do 2005 preparo un artigo que documenta as mentiras de Khruchev no seu "Discurso Secreto", que preveo publicá-lo en fevreiro de 2006 cando se cumpren 50 anos do discurso de Khruchev. 41. Roy Medvedev, Let History Judge: The Origins and Consequences of Stalinism , menciona uns cantos casos nos que Stalin fai isto. Ver pp. 150, 507, 512, 538, 547 da edición de Knopf de 1971. Outros viron a luz desde a fin da URSS. Ver un exemplo no Diário de Dimitrov 1933-1949 , pp. 66-67, editado e prologado por Ivo Banac. (New Haven, CT: Yale University Press, 2003) Notas adicionais Sobre o traballo de Yuri Zhukov: Até o dia de hoxe só existe un só ataque académico contra as teses de Zhukov, o da profesora Irina V. Pavlova "1937: Vybory kak mistsifikatsiia, terror kak real 'nost'" Voprosy Istorii 10, 2003 19-36. Pavlova é unha recalcitrante anticomunista da escola "totalitarista", cuxa hostilidade ideolóxica cara ao comunismo desacredita a sua investigación histórica. Como exemplo, minte sobre a investigación de Getty coa finalidade de desacreditá-lo. Pavlova escrebe propaganda, non história. O traballo de Pavlova é anterior a publicación de Inoy Stalin , e tan só menciona os artigos de Zhukov en KP. A crítica de Pavlova apoia-se na suposición de que os xuízos de Moscova, Tkhachesvki, etc., foron tapadeiras, e todas as campañas eleitorais e constitucionais unha montaxe para agachar a represión. Pavlova tamén afirma que, por mor de que o Soviet Supremo non tiña poder político real en 1936, as eleizóns tampouco lle proporcionarian ningún poder. Se por "poder" Pavlova entende a habilidade para acabar coa posición dominante na URSS do Partido Bolchevique e desfacer así o socialismo, evidentemente ten razón: é indudábel que Stalin non tiña nengunha intención de permitir unha contrarrevolución por meios constitucionais. Nen iso se permite en nengún país de democrácia burguesa. Mais se por "poder" entende capacidade para influenciar políticas estatais e exercer presións, dentro duns límites sobre políticas sociais específicas e sobre o mesmo Partido Bolchevique, é dicer, o tipo de poder que dan as eleizóns nas democrácias burguesas, entón seguramente estexa errada.Sobre Iuri Mukhin, Ubiystvo Stalina e Beria: Este livro de Mukhin é ignorado a miúdo por aqueles contrários ás suas conclusións, sobre a base de que fai comentários que puderan ser considerados antisemitas. Hai de dicer que Mukhin fai comentários contrários ao antisemitismo no mesmo livro. O presente traballo non tira nengún dado dos parágrafos nos que pudera aniñar o antisemitismo. Mukhin tamén ten posturas excéntricas sobre algúns dos temas non relacionados con este livro. Tampouco cito nengún deses traballos. Outro tanto deberia facer-se cando se citan a académicos anticomunistas: a sua ideoloxia anticomunista anticomunistas non impide que, en ocasións, podan apresentar enfoques de valor. E, desde logo, o anticomunismo está estreitamente relacionado co antisemitismo. Non sendo nen anticomunista nen xudeu, Mukhin amosa certa hostilidade contra os dous, máis tampouco se pode dicer que sexa un anticomunista e antisemita convencional.
As análises de Mukhin das fontes primárias e secundárias são normalmente muito agudas, e eu faço uso delas quando o considere oportuno. Naturalmente, citar algumas análises de Mukhin com as quais um concorda, não implica acreditar com as análises que não se citam. Também não é Mukhin responsável pelo uso que eu faça das suas investigações. Comprobei cada referência veiculadas por Mukhin e todos os acadêmicos aqui citados, salvo no caso de fontes primárias, só a disposição daqueles que trabalham nos arquivos.
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